EMC consolida estratégia de cloud e big data e expande portfólio

0

Depois de ter definido o tripé de sua estratégia há cerca de três anos, que tem como base três áreas principais de atuação – computação em nuvem, big data e infraestrutura de armazenamento –, a americana EMC, fornecedora mundial de software e equipamentos para armazenamento de dados, dá mais um passo em seu plano para se consolidar como “provedor de provedores de serviços” na nuvem. A companhia, que se tornou a número 1 do mercado de sistemas de armazenamento de dados, quer conquistar a mesma posição nos segmentos de cloud e de big data. Somente este último mercado, considerando tecnologia e serviços, deve crescer 40%, saltando de US$ 3,2 bilhões em 2010 para cerca de US$ 17 bilhões em 2015, de acordo com pesquisa recente divulgada pela IDC.

Para atingir essa meta, a empresa vem investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento, bem como na aquisição de empresas que complementam seu portfólio. Nos últimos nove anos – de 2003 a 2011 –, a EMC investiu US$ 26,8 bilhões, sendo US$ 12,3 bilhões em P&D. Desde 2009, quando iniciou o que ela chama de jornada para a nuvem, a receita cresceu 42%, passando de US$ 14 bilhões naquele ano para US$ 20 bilhões em 2011. De lá pra cá, dentre as várias aquisições que fez, arrematou a Data Domain, fabricante de soluções de deduplicação de storage.

A compra foi o que se pode chamar de um lance de mestre, pois a empresa já havia concordado em ser adquirida pela NetApp, por US$ 1,5 bilhão, em 2009, quando a EMC ofereceu US$ 2,4 bilhões. Além disso, ela também adquiriu a empresa de data warehouse Greeplum, que permitiu ampliar significativamente sua presença no mercado de big data, e a Isilon Systems, fabricante de equipamentos de armazenamento, por US$ 2,25 bilhões.

As aquisições, segundo Jeremy Burton, diretor de marketing (CMO) da EMC Corp., são parte importante da estratégia da companhia em busca da liderança nos  três segmentos. Para comprovar que ela está no rumo certo, o executivo lança mão de dados de pesquisa da IDC que mostra, por exemplo, que ainda neste ano as aplicações em infraestrutura virtual já serão 65% do total, contra cerca de 42% em 2009, quando ocorreu o ponto de inflexão, ou seja, quando a mudança começou a se delinear mais fortemente.

O mesmo argumento é utilizado por Joe Tucci, CEO mundial da EMC. Durante apresentação no EMC World 2012, que teve início nesta segunda-feira, 21, e vai até sexta-feira, 24, em Las Vegas, nos Estados Unidos, ele recorreu a outro estudo, este do Gartner, o qual revela que a implantação de infraestrutura de cloud privada já está entre as principais prioridades dos executivos de TI no mundo todo. “Quando perguntados se iriam prosseguir na estratégia de nuvem privada, 78% dos CIOs disseram que sim”, ressalta ele, acrescentando que este é um sinal também das transformações pela qual vêm passando a TI, em razão da consumerização da TI, das novas aplicações, principalmente móveis, e da própria infraestrutura.

Leque ampliado

O projeto da EMC em busca da liderança em computação em nuvem, big data e infraestrutura de armazenamento contempla um amplo leque de produtos. Nesta segunda-feira, 21, ela anunciou 42 novos produtos e tecnologias durante o EMC World 2012, evento anual, que reúne parceiros de negócios, analistas e clientes da empresa, e neste ano tem como tema “Cloud Transforms IT, Big Data Transforms Business”, que procura mostrar como as empresas podem usar a nuvem para transformar a tecnologia da informação e como big data transforma seus negócios. Os novos produtos e tecnologias são resultado de uma atualização radical que abrange os principais sistemas de todo o seu portfólio de armazenamento, backup, virtualização e gerenciamento de informações.

Os lançamentos incluem desde a família VMAX, que, segundo a empresa, traz uma série de novas capacidades de software que agilizam as operações. Ela também está preparando a próxima versão do seu do Isilon OneFS NAS, sistema operacional, de codinome Mavericks. Além disso, o anúncio contempla dois novos sistemas de backup e recuperação de dados da Data Domain e Avamar, bem como o sistema de armazenamento virtual EMC RecoverPoint. Os modelos são o Data Domain DD990 e o Avamar 6.1. O DD990 atua na deduplicação de dados e, segundo  a empresa, é seis vezes mais rápido do que tecnologias de concorrentes.

Outro anúncio é o sistema de armazenamento unificado VNX, que ganhou processadores mais potentes e capacidade aprimorada. Um dos modelos, o VNXe 3150 tem desempenho até 50% superior na comparação com seu antecessor. O VNX será conectado o VMware vCenter Operations Management Suite, o que permitirá ter acesso a ferramentas como painéis e alertas da saúde ao ambiente de armazenamento vitual.

A EMC também apresentou um novo pacote de melhorias para a plataforma EMC Atmos Nuvem, que transforma a maneira como os prestadores de serviços e empresas gerenciam big data em grandes ambientes de armazenamento globalmente distribuídos em nuvem. Ela anunciou ainda novos aceleradores de nuvem Atmos que o tornam mais fácil e mais rápido mover dados dentro e fora da nuvem. Por fim, há o novo EMC DataBridge, ferramenta de gerenciamento corporativo de TI.

*O jornalista viajou a Las Vegas a convite da empresa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.