IBM prepara lançamento comercial do supercomputador Watson

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O supercomputador Watson, da IBM, é conhecido por sua capacidade processamento massivo de dados e recursos de inteligência artificial. Até então utilizado para pesquisas e principalmente na área médica, o Watson deve ganhar em breve uma nova aplicação, desta vez mais acessível ao mercado corporativo. Sua tecnologia será aplicada em soluções aos clientes dos segmentos de varejo, bancos, seguros e telecomunicações.

"Watson tem um novo emprego: atender marcas", afirmou o executivo líder da unidade específica do Watson, Manoj Saxena, em entrevista ao New York Times. Na área de saúde, ele define o trabalho do supercomputador como de alto valor para inúmeras instituições. Na aplicação comercial, em contraste, "é um grande volume de negócios para nós [da IBM]".

O anúncio deve acontecer nesta semana e é uma medida de longo prazo ambiciosa. A IBM planeja oferecer o software do Watson como um equivalente a um sistema operacional de aplicações de inteligência artificial. Desenvolvedores e startups, segundo a estratégia da companhia, construirão aplicações para o supercomputador. Com isso, novos negócios serão criados. Indícios dessa cadeia já foram revelados pela CEO da IBM, Virginia Rometty, em uma reunião com a Associação de Venture Capital dos Estados Unidos. "Vamos lançar um conceito no qual o Watson é um serviço e vocês construirão aplicações em torno dele", afirmou a executiva.

A tecnologia do supercomputador pode tanto ajudar representantes de atendimento ao cliente ou até mesmo tomar conta completamente de suas tarefas. Um dos atributos do Watson poderia ser um sistema de voz e texto que "conversa" diretamente com a máquina, que recebe perguntas de um smartphone ou notebook como se fosse uma conversa entre humanos por telefone ou chat. Nesse caso, a tecnologia de reconhecimento de voz será fornecida por parceiros especialistas da IBM.

Saxena garante que o Watson está mais compacto e ainda mais rápido desde quando foi apresentado ao mercado. Seu lançamento original foi como uma máquina de perguntas e respostas, daí o conceito de inteligência artificial. O Watson foi capaz de entender as questões e dar respostas objetivas, inclusive "lembrando" as questões e respostas anteriores, assim como a memória humana, estabelecendo uma conversação real. "Esta é a diferença entre um simples sistema de perguntas e respostas e um sistema conversacional como o Watson", enaltece o especialista da IBM.

Testes

Os clientes da IBM envolvidos em testes com o Watson se mostraram impressionados. Um deles é o ANZ, grupo bancário da Austrália e Nova Zelândia. "Estamos confiantes de que esta tecnologia ajudará a transformar nosso negócio. É uma ferramenta que fará nossos consultores mais inteligentes", afirmou a CEO do ANZ, Joyce Phillips. Os projetos utilizam a tecnologia para sugerir investimentos, seguros e pensões mais personalizados ao perfis de clientes do banco.

Outro exemplo é a companhia de pesquisa Nielsen, que planeja aplicar o Watson para dar informações e resultados de cruzamento de dados em tempo real sobre a web, mídias sociais e mídias impressa e televisiva. "Você pode otimizar campanhas em tempo real em todos os canais de marketing, para ver o que as pessoas estão assistindo e o que estão comprando, e medir com precisão os anúncios e sua efetividade", explicou o líder de soluções de anúncios da companhia, Randall Beard.

Estágio Inicial

A oportunidade de real aplicação do Watson, contudo, ainda não foi testada no mercado de fato. As empresas assinaram acordos para desenvolver projetos pilotos usando a tecnologia da IBM, ou seja, o Watson ainda é algo para o futuro. O jornal americano faz uma comparação sobre a ambição do ex-CEO da Apple, Steve Jobs, em usar o assistente de voz do iPhone, Siri, no cotidiano do usuários. Assim, o Watson atuaria da mesma maneira, porém, mais complexo e para o mercado corporativo. Ainda segundo a publicação, considerando essa comparação, o progresso do Watson está muito mais avançado que o da Siri.

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