Progress prevê crescer até 20% no Brasil neste ano

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Apesar da retração na demanda por software provocada pela crise financeira mundial, a Progress Software estima crescer entre 15% e 20% no Brasil no ano fiscal de 2009, que se encerra em 30 de novembro, o que, se confirmado, elevará a participação da subsidiária brasileira nos resultados globais da companhia para algo em torno de 4,5% a 5%.
Como a Progress projeta receita mundial entre US$ 487 milhões e US$ 490 milhões para o ano fiscal, a operação local deve fechar o exercício com faturamento em torno de US$ 21,9 milhões a US$ 24,5 milhões.
De acordo com o diretor geral da Progress no Brasil, Luiz Claudio Menezes, entre os fatores que contribuíram para o crescimento da empresa foi a estratégia de não repassar para o preço dos produtos os impactos da valorização do dólar frente ao real, ocorrida entre o fim do ano passado e os primeiros meses deste ano. "Isso nos ajudou a fechar contratos e se tornou um diferencial competitivo da empresa no mercado", observou.
O executivo salienta que o foco da companhia no país será na atuação com soluções de arquitetura orientada a serviços (SOA, na sigla em inglês), principalmente no segmento de logística. Além disso, o Menezes afirmou que a empresa quer começar atuar com governo e para começar essa estratégia já negocia com dois grandes integradores, que ele não revela o nome.
O aumento da receita da Progress proveniente das vendas de fora dos Estados Unidos é importante para equilibrar as finanças da companhia, que, de acordo com o CEO da Progress, Rick Reidy, sentirá os efeitos da recente desvalorização do dólar. A expectativa do executivo é que a receita da empresa nos EUA recue 10% devido a esse fator.
O CEO também revelou que a empresa pretende realizar aquisições nos próximos anos e que para isso conta com um caixa de cerca de US$ 100 milhões, além de linhas de crédito. Por fim, Reidy falou que a Progress tem interesse em expandir o seu desenvolvimento de software, atualmente concentrado na Índia e Europa, para outras regiões, sendo que a América Latina, e por tabela o Brasil, surgem como possibilidades em potencial. A única barreira para o país receber um centro de desenvolvimento de software, segundo Menezes, é desvalorização do dólar frente ao real, o que resulta em custos maiores para manter esse tipo de operação no país.

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