A Microsoft e a Nokia sondaram a Research In Motion (RIM) sobre uma possível oferta de compra, segundo pessoas próximas ao assunto informaram ao The Wall Street Journal. O resultado das negociações é incerto, mas o fato é que, segundo as fontes, elas aconteceram, mesmo que informalmente. Para analistas, apesar de ainda estar no plano dos rumores de mercado, a possível oferta expõem o peso dos desafios que a fabricante do BlackBerry tem pela frente, somada a posição da empresa frente aos concorrentes no mercado de mobilidade.
Impactada por resultados modestos do último trimestre, as ações da RIM vem numa curva de queda há cerca de um ano, o que tem resultado num forte pressão dos investidores para que haja uma mudança na gestão ou até mesmo a venda da empresa. Por enquanto, a empresa vem procurando ganhar tempo adotando pequenas medidas até que a nova geração de seu smartphone Blackberry seja lançada, com o qual espera elevar o seu valor de mercado para, daí sim, ser vendida. Entre as medidas, segundo a empresa, estão novas oportunidades de licenciamento de software e maneiras de melhor explorar sua rede.
Procurados pelo jornal, porta-vozes da Nokia e da Microsoft não quiseram comentar os rumores. A RIM e a Microsoft já possuem um acordo de parceria, anunciado no início do ano, para oferecer serviços na nuvem a clientes corporativos, que migram a infraestrutura interna para data centers remotos. Além disso, a Microsoft se aliou à Nokia para o desenvolvimento do Windows Phone, visando competir diretamente com a Apple e os celulares com sistema operacional Android, do Google.
De acordo com as fontes ouvidas pelo jornal americano, os executivos da RIM também procuraram outros fabricantes de smartphones, entre eles a Samsung e a HTC, a fim de licenciar seu sistema operacional. Isso poderia impactar diretamente a estratégia do Google, que licencia o Android para essas empresas. A RIM não considera abandonar o negócio de handsets, dizem as fontes.
A Amazon também chegou a mostrar interesse pela RIM, mas as negociações, também informais, não avançaram.
