Intel reforça à SEC que não usa minerais oriundos de zonas de conflito para produzir chips

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Em documento protocolado nesta quinta-feira, 22, na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula as empresas cotadas em bolsa nos Estados Unidos, a Intel reafirmou que seus microprocessadores são livres de "minerais de conflito" em sua composição, atendendo às exigências que são parte da Lei Dodd-Frank, assinada pelo presidente Barack Obama em julho de 2010. A empresa é a primeira entre outras companhias de tecnologia a apresentar um relatório auditado sobre o assunto à frente do prazo dado pela SEC, de 2 de junho, segundo informa o The Wall Street Journal.

Minerais como estanho, ouro, tântalo e tungstênio, essenciais na fabricação de uma variedade de dispositivos, incluindo telefones celulares, laptops e MP3 players, são considerados como "de conflito", quando extraídos ilegalmente de minas em zonas de conflitos armados, que causam maciças violações dos direitos humanos. As exigências da SEC, dessa forma, resultam de um esforço para banir o dinheiro obtido com a extração ilegal de tais minerais, usado para financiar conflitos entre milícias violentas na República Democrática do Congo. Os minerais passam por uma série de intermediários antes de ser comprados por multinacionais de eletrônica, perpetuando assim os conflitos.

No entanto, descobrir de onde foram extraídos os materiais utilizados na fabricação de eletrônicos não é uma tarefa tão fácil, já que envolve relações complexas entre minas, intermediários e fundições. O relatório da Intel enviado à SEC diz que já visitou mais de 85 fundições e refinarias em 21 países desde 2009. Atento às implicações do problema, o CEO da Intel Brian Krzanich lançou recentemente um vídeo para disseminar a consciência sobre a questão, dirigido pelo renomado documentarista Paul Freedman.

"De dispositivos móveis e vestíveis até a computação em nuvem e segurança, o universo da tecnologia está mudando dramaticamente", disse Krzanich no relatório. "Durante essa transformação sem precedentes da indústria, continuamos tão comprometidos com a liderança na responsabilidade corporativa, assim como fazemos com a inovação em nossos produtos."

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