"Para reconquistar mercado financeiro, temos que entregar resultados", reconhece CEO da ALU

0

A fusão da Alcatel com a Lucent foi um processo complexo e que chegou a custar a confiança do mercado financeiro no futuro da nova empresa. “A complexidade da fusão foi extenuante, mas estamos nos reposicionando para recuperar a confiança do mercado financeiro”, admite o CEO da Alcatel-Lucent (ALU), Ben Verwaayen. Em entrevista a este noticiário, o executivo foi direto ao ponto: “Não há truques na vida real. A única maneira de reconquistarmos a confiança do mercado financeiro é entregando resultados”. Assim, o executivo garantiu que a ALU continuará com suas políticas de cortes de custos, não planeja desinvestimento em nenhuma área neste momento e espera que o lucro da companhia em 2012 seja maior do que o apurado no ano passado.

Guerra de preços

Verwaayen admitiu ainda, durante sua apresentação no segundo dia do Technology Symposion da ALU, em Santa Clara, Califórnia, que a empresa não pode competir apenas com base em preços. “Não está no nosso DNA essa corrida por preço. Não conseguimos competir e precisávamos mudar a direção. Então, agora fazemos o que realmente somos bons, somos inovadores e temos que fazer com que novas soluções e funcionalidades atraentes que somos capazes de desenvolver cheguem ao mercado o mais cedo possível”, acrescentou. “Não estou dizendo que quero 100% do mercado, quero apenas 12% a 15%, mas para fazer isso temos que ser diferentes, e ter a Bell Labs em nosso core nos ajudará nisso”.

Monetização

A proposta da ALU é ajudar operadoras a monetizar suas redes, atualmente “espremidas” entre o valor dos devices dos usuários e dos conteúdos e serviços na nuvem. “Por quanto tempo é possível ainda espremer essas redes? A rede tem de se tornar algo com real valor nessa cadeia e as operadoras precisam encontrar seu novo caminho”, avalia o CEO.

Verwaayen enumerou a este noticiário três aspectos importantes para este novo caminho das operadoras: “Em primeiro lugar, eles precisam estar lá. E estão, porque sem a rede não existem devices nem existe nuvem. Mas precisam ter capacidade para suportar toda a demanda. Depois, é preciso focar em segurança, para controlar que acessa sua rede, que tipo de serviço e conteúdo estará trafegando por ela. E em terceiro, privacidade, porque no final das contas, a nuvem é individualizada, é a minha nuvem, com as minhas aplicações, os meus conteúdos, os meus serviços, e isso é muito valioso, mas complexo, se pensar em tratar milhões de usuários de forma individual”.

América Latina

O CEO reforçou a confiança da Alcatel-Lucent em continuar crescendo no mercado latino-americano. “Há muitas oportunidades tanto em redes fixas de fibra ótica e cobre como também na banda larga móvel com LTE e minha expectativa é que consigamos dois dígitos de crescimento na região este ano”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.