Em Santa Catarina, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde promete tornar mais rápido o atendimento médico à população na rede pública de saúde. Trata-se da montagem da Rede Catarinense de Telemedicina (RCTM), uma infra-estrutura de distribuição digital de serviços de diagnóstico, que possibilitará, através de uma única plataforma online, a aquisição de dados ou imagens de exames médicos, o envio de resultados e a solicitação de internações, entre outros procedimentos.
Resultado de uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), através de seu Laboratório de Telemedicina, e com o Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc), o projeto está sendo utilizado como referência para a formulação de um modelo tecnológico a ser implantado na saúde pública de outros Estados.
Esse trabalho será executado pela UFSC e Secretaria da Saúde de Santa Catarina, em conjunto com o Ministério da Saúde e o Datasus. Entretanto, outras instituições representativas do setor serão convidadas a participar, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa), o Conselho Federal Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT).
O objetivo é desenvolver uma norma para as tecnologias de Telemedicina Assistencial que venha a ser disponibilizada em todo o país através do Ministério da Saúde e do Datasus, revelou o professor da UFSC e coordenador do projeto, Aldo von Wangenheim.
A formulação desse modelo abre caminho para a estruturação do Sistema Brasileiro de Telemedicina, cujo projeto será apresentado durante o Workshop da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), que acontece hoje e amanhã, no Rio de Janeiro.