TCS e Satyam reforçam operação brasileira

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Com a experiência que trouxe da Índia, a TCS conquistou em três anos de operação no Brasil 30 clientes, entre os quais estão a Renault, Goodyear, Equifax, Brasil Telecom e o ABN Amro Bank.
A empresa emprega atualmente 700 funcionários e quer chegar em 2007 com mais que o dobro, com 1,5 mil empregados, distribuídos em três fábricas de software: uma em Brasília e as outras duas no Estado de São Paulo, sendo uma em Alphaville, na cidade de Barueri e outra em Campinas, no interior paulista. O centro de desenvolvimento de Campinas foi anunciado este ano e recebeu um investimento de US$ 1,5 milhão.

Para Carlos Elias, diretor comercial da TCS Brasil, a empresa registrou um crescimento rápido no mercado brasileiro e por estar há três anos no País demonstra tranqüilidade com a chegada de outras indianas. ?Aprendemos bastante nesse período e descobrimos que modelos prontos importados da Índia não garantem o sucesso da operação. Não adianta termos experiência, CMMi nível 5, se não respeitarmos a cultura e as particularidades do Brasil?, diz o executivo.

Elias observa que não adianta trazer um monte de cérebros indianos para tentar replicar aqui o modelo do país asiático. Ele diz que 95% da força de trabalho da filial da Tata no País são brasileiros e que apenas 5% são da Índia. Um dos motivos que a empresa optou por entrar aqui por meio de uma joint venture foi para não começar do zero e começar com conhecimento sobre o mercado local e o comportamento de cada segmento.

Estratégia da Satyam

A corrente Satyam aterrissou no Brasil com uma estratégia diferente. A empresa veio sozinha e anunciou a abertura da filial em junho do ano passado. Ficou seis meses em silêncio estruturando sua operação e traçou plano bastante agressivo para o mercado brasileiro, informa Ideval Munhoz, executivo que veio da CPM para conduzir a subsidiária do grupo indiano, que fechou 2005 com faturamento de US$ 1,2 bilhão e está presente em mais de 50 países.

?A Satyam veio para atender clientes globais que já estavam no Brasil?, conta Munhoz. Segundo ele, das 500 empresas da Fortune, 300 estão na carteira de clientes da companhia e pelo menos 50 delas atuam no mercado brasileiro. Agora a empresa está criando uma estrutura para conquistar clientes do País e, segundo o executivo já assinou três contratos locais.

Para reforçar a operação, Munhoz afirma que a prestadora de serviços inaugura até julho uma fábrica de software que tem a meta de se tornar um centro de desenvolvimento global da companhia. Com o novo projeto, a empresa deverá até o final do ano multiplicar a equipe, passando dos atuais 100 empregados para 500.

?A Satyam Brasil entrou na rota global da companhia e será base de offshore para o mundo?, diz o executivo, afirmando que o grupo vai investir pesado aqui, embora não revele cifras. A estratégia da companhia é aproveitar a mão-de-obra competitiva do País e sua proximidade com os Estados Unidos para atender clientes do continente americano.

Munhoz considera que a chegada de outras indianas favorece o Brasil. É um movimento que vai ajudar a alavancar os serviços de exportação e a impulsionar o mercado local de serviços.

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