Investidores chineses injetam recusos em versões locais do YouTube

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A competição entre as empresas chinesas para estabelecer o maior portal de compartilhamento de vídeos entusiasma os investidores. Desde o ano passado, quando a Google comprou o Youtube por U$ 1,65 bilhão (R$ 3 bilhões), várias cópias do site surgiram no país asiático. Os novos portais têm o apoio de empresários, que querem atrair os 162 milhões de internautas chineses. O Tudou.com, o maior do gênero naquele país, domina 50% do mercado. O site concorrente, o Youku.com, publica 50 milhões de vídeos por dia e conquistou 4,5 milhões de usuários ativos em um ano.

Em entrevista ao jornal oficial China Daily, o diretor-executivo do Tudou.com, Victor Gu, afirmou que o alto custo e a falta de um modelo claro de negócio vai facilitar o domínio dos maiores portais e o desaparecimento dos sites pequenos e médios. "Não devem sobrar mais do que três competidores no próximo ano e nós prevemos estar entre eles", disse Gu. O executivo revelou que a empresa recebeu de US$ 18 milhões (R$ 33,1 milhões) em 2006 de dois investidores.

Segundo Gu, esse tipo de portal pode ser um complemento da televisão, além de uma ferramenta de entretenimento. Há um ano, a empresa estabeleceu parcerias com jornais e estações locais de TV para troca de conteúdos. "As mídias tradicionais têm mais recursos do que nós, mas somos uma porta de entrada para os 162 milhões de usuários de internet", disse.

Na China, os meios de comunicação na internet são proibidos por lei de desenvolver conteúdos, reportagens e notícias próprias, limitando-se muitas vezes e reproduzir materiais já existentes.

O mercado publicitário na rede está em expansão no país, totalizando 6 bilhões de iuanes (R$ 1,4 bilhão) em 2006, 44% a mais do que no ano anterior, segundo a consultoria iResearch. Os anúncios em vídeo na internet representam apenas 4,2%, mas a tendência é que o faturamento dos portais aumente, pois também divulgam vídeos pelo celular, segundo o China Daily.

O número de internautas chineses cresceu 23,4% no ano passado, chegando a 162 milhões. O índice é cerca de 10% dos 1,3 bilhão de habitantes. Um relatório do governo divulgado em janeiro estima que em dois anos o número de pessoas com acesso à internet deve ultrapassar os Estados Unidos, atual líder mundial de usuários.

Com informações da Agência Lusa.

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