Método de pagamento é condição para profissionais aceitarem oferta de emprego

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Estudo realizado pelo ADP Research Institute descobriu que, na guerra por talentos, o pagamento conta, e muito. Mas não se trata apenas do valor que o colaborador vai receber ao final do mês. Cada vez mais, os profissionais brasileiros estão levando em consideração o método de pagamento para aceitar (ou não) uma oferta de emprego. De acordo com a pesquisa "The Future of Pay – Latam Results", essa parcela já chega a 70%, sendo que uma grande parte (39%) considera a possibilidade de poder escolher a frequência de pagamento como um dos requisitos mais importantes.

O estudo também revela que os brasileiros não abrem mão da segurança (76%), da possibilidade de rastrear transações e gastos (52%) e do custo no uso do dinheiro (42%) quando o salário está em pauta.

"No País, o pagamento mensal desperta sentimentos de felicidade, alívio, animação e realização em 71% dos profissionais ouvidos na pesquisa. Isso explica porque o pagamento está se tornando condição para ocupar um posto de trabalho, ainda mais com as novas possibilidades que as tecnologias trouxeram e trazem para as interações humanas nos mundos real e virtual", acredita Claudio Maggieri, vice-presidente de Operações para a América Latina e gerente geral na ADP Brasil.

A importância do salário para os brasileiros é tão grande, de acordo com a pesquisa da ADP, que 63% deles seriam capazes de pagar uma pequena taxa anual para ter acesso antecipado ao pagamento, principalmente para despesas não planejadas (63%), compras (18%) e férias (18%), que vão além dos usos habituais, identificados por pagamento da casa (42%), apoio à família (28%), atividades de lazer (17%) e reserva econômica (10%).

Futuro do pagamento

Ao considerar o método de recebimento do salário como condição para aceitar uma oportunidade de emprego, os brasileiros também fixam os olhos em métodos não tradicionais, como plataformas digitais e cartão de pagamento.

O estudo "The Future of Pay – Latam Results" afirma que 91% dos profissionais do País acreditam que os empregadores oferecerão métodos não tradicionais de pagamento nos próximos 10 anos. Além disso, 47% gostariam de não precisar mais ter conta em banco para receber a quantia mensal pelo trabalho realizado.

Um dado interessante em relação a isso é que os empregadores estão cientes desse cenário. No Brasil, 79% dos ouvidos para o estudo enxergam a necessidade de customização do pagamento e 68% avaliam que métodos ultrapassados de pagamento prejudicam a capacidade da companhia atrair e reter talentos.

Bem-estar financeiro

Se, por um lado, os métodos de pagamento decidem se a vaga será preenchida ou não, o suporte que os empregadores podem dar para a saúde financeira dos colaboradores pode favorecer a retenção e diminuir o turnover.

A pesquisa da ADP revela que 95% dos empregados brasileiros acreditam que os empregadores têm responsabilidade em relação ao bem-estar financeiro. O índice é o maior da América Latina.

Além disso, programas de bem-estar financeiro impactam a decisão por um emprego para mais de 60% dos brasileiros, principalmente quanto a aposentadoria (41%), reserva financeira (33%) e gastos com saúde (32%).

Em comparação com a América Latina, o Brasil é o País em que os empregadores se preocupam mais com a saúde financeira dos seus colaboradores (93%). Também pelos impactos na produção e no turnover, que têm as porcentagens mais elevadas da região: 76% e 43% respectivamente.

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