Visa e Mastercard querem usar dados de clientes para oferta de anúncios on-line

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As duas maiores administradoras de bandeiras de cartão de crédito do mundo, Visa e Mastercard, pretendem utilizar os dados dos clientes e informações sobre suas compras para anúncios on-line direcionados. O plano, ainda em fase embrionária, pode representar não apenas mais um artifício tecnológico, mas o fim do anonimato na internet. Segundo executivos das duas empresas ouvidos pelo The Wall Street Journal, a nova tecnologia mostraria ofertas relacionadas às últimas compras do cliente como, por exemplo, um anúncio de um produto para emagrecer para quem acabou de comprar um lanche num restaurante de fast food. Atualmente, os anúncios da web são oferecidos por meio de padrões de navegação, mas nada é relacionado às atividades do mundo off-line.

A Visa possui uma aplicação patenteada no início do ano que é capaz de incorporar informações de banco de dados aos perfis on-line de seus clientes. No início do ano, a Mastercard propôs a seus executivos da área de publicidade a conexão das informações sobre comportamento de compras aos usuários de internet. “Você é o que você compra”, diz um dos documentos da empresa que levanta a questão em discussões internas e com parceiros de negócio.

Ao jornal, a Mastercard afirmou que não coleta nomes ou endereços no processamento de transações de cartão de crédito, o que dificulta essa conexão. A empresa, porém, confirmou a existência do documento, compartilhado com ao menos quatro empresas, mas diz que “deixou de lado” a ideia devido às restrições sobre como empresas de serviços podem utilizar os dados dos consumidores.  A empresa afirmou que o documento foi criado em abril para “conversas de exploração”.

A aplicação da Visa, por sua vez, descreve a possibilidade de utilizar inclusive informações de redes sociais, birôs de crédito, mecanismos de busca, banco de dados, entre outras fontes. Uma porta-voz da empresa afirmou que está “buscando sempre estratégias incluindo maneiras nas quais os dados possam ajudar a criar anúncios mais efetivos on-line”. A Visa observou que não discute estratégias de propriedade intelectual.

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