Coalizão da indústria pede "correção de assimetrias competitivas" antes de governo ampliar abertura de mercado

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O presidente da Abinee, Humberto Barbato, participou na segunda-feira, 25, da Coalizão Indústria, integrada por onze entidades do setor, que se reuniu no Palácio do Planalto, com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe. Na ocasião, foi apresentada uma avaliação do andamento dos objetivos defendidos pelo grupo, elencados na Agenda Brasil, que visa a retomada do crescimento econômico nacional.

Para alavancar o desenvolvimento econômico de forma sustentada, a coalizão apontou como ponto de partida as reformas previdenciária e tributária, e expressou seu apoio ao governo. Barbato ressaltou que há uma expectativa muito grande no setor industrial em relação à aprovação da reforma previdenciária, inclusive no primeiro semestre.

"Temos que resolver o problema das contas do Brasil e trazer de volta a confiança na economia", acrescentou. Segundo ele, esse é um primeiro passo que o País precisa dar para recuperar a economia.

Durante o encontro, a coalizão também expôs uma série de propostas para a geração de renda e empregos, por meio da construção civil e infraestrutura.

Desburocratização e competitividade

A desburocratização é outra das prioridades da Agenda Brasil. Nessa área, o governo se comprometeu a revogar uma série de regulamentações nas próximas semanas, com o objetivo de incentivar os negócios e reduzir custos. Em 15 dias, também será lançado um pacote de medidas para melhorar a competitividade do setor. "É muito importante que essas medidas tenham sido anunciadas, pois o Brasil tem pressa", afirmou o presidente da Abinee.

Em relação a uma maior abertura comercial do país, a coalização defende ser fundamental que assimetrias competitivas sejam corrigidas previamente. Neste sentido, o governo já sinalizou que a abertura será feita de forma gradual, segura e negociada.

Para continuar avançando nas metas da Agenda Brasil, ficaram acordadas reuniões trimestrais entre a coalizão e o ministro Paulo Guedes.

Setores da Coalizão Industrial representam 39% do PIB

A Coalizão Indústria reúne representantes de onze setores produtivos. Juntos, eles equivalem a 39% do Produto Interno Bruto da indústria (R$ 485 bilhões); 58% das exportações manufatureiras (R$ 151 bilhões); 30 milhões de empregos diretos e indiretos; e contribuem com R$ 250 bilhões em pagamento de impostos.

As entidades integrantes são:

Instituto Aço Brasil;
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea);
Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq);
Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);
Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB);
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC);
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee);
Associação Brasileira de Indústria de Máquinas Equipamentos (Abimaq);
Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast);
Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim);
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

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