HP conclui aquisição da EDS

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O acordo de aquisição da EDS pela HP por US$ 13,9 bilhões foi oficialmente concluído nesta terça-feira, 26, ao mesmo tempo que foi anunciada a equipe de transição para dirigir a nova mega empresa de TI, que com a operação somará cerca U$ 125 bilhões de faturamento anual, terá mais de 210 mil funcionários e atuação em 80 países. No último ano fiscal, as receitas da HP somaram US$ 104 bilhões e da EDS US$ 22 bilhões.

"Esse é um dia histórico para HP e EDS e para os clientes que atendemos", disse Mark Hurd, CEO (chief executive officer) da HP. "Independente, cada companhia é líder nos seus setores, juntas serão uma líder global, capaz de atender todos os tipos, tamanhos e segmentos de empresas, com um portifólio adequado", complementou.

Segundo comunicado da empresa, ela será uma das líderes do mercado de serviços de outsourcing oferecendo soluções completas nas áreas de saúde, governo, manufatura, serviços financeiros, energia, transporte, consumo e varejo, comunicação e mídia e entretenimento.

"O dia de hoje marca o início de uma era estimulante. Os clientes se beneficiarão da amplitude e profundidade de nossas soluções, de nosso compromisso com qualidade e de nossa capacidade em prestar serviços globais. Com os recursos de pesquisa e desenvolvimento e das tecnologias de classe mundial da HP, temos a oportunidade de redefinir o mercado de serviços de tecnologia", disse Ron Rittenmeyer, presidente e CEO da EDS.

O Grupo de Soluções de Tecnologia (TSG) da HP vai migrar suas operações de serviços de outsourcing, bem como partes de suas atividades de consultoria e integração, para a EDS. O TSG vai se concentrar na oferta de servidores, storage, software e serviços tecnológicos, como instalação, manutenção e projetos de sistemas de tecnologia, além de alguns serviços de consultoria e integração.

"Os clientes se beneficiarão da força e da escala de nossas empresas à medida que transformem seus ambientes de tecnologia," afirmou Ann Livermore, vice-presidente executiva da divisão TSG.

As empresas também já definiram as equipes de transição de cada lado, com os líderes de áreas de negócios. Com a incorporação da EDS, Ron Rittenmeyer coordenará a o novo grupo de negócios formado por Michael Coomer, vice-presidente sênior para a região Ásia-Pacifico e Japão; Joe Eazor, vice-presidente sênior, será responsável pela estratégia de negócios e corporativa; Bobby Grisham, vice-presidente sênior, ficará encarregado de vendas globais; Jeff Kelly, vice-presidente sênior, comandará a região das Américas; Mike Koehler, vice-presidente sênior, será responsável por infra-estrutura, tecnologia, outsourcing e Business Process Outsourcing (BPO); Andy Mattes, vice-presidente sênior, responderá por applications services – antes ele dirigia a HP Outsourcing Services; Maureen McCaffrey ficará como vice-presidente de marketing global, cargo que já ocupava na EDS; Dennis Stolkey, vice-presidente sênior responderá pelo setor público; e Bill Thomas, vice-presidente sênior comandará a região que engloba a Europa, Oriente Médio e África.

Mercado brasileiro

No Brasil, a conclusão da compra da EDS ainda está na fase de aprovação dos órgãos regulatórios e não haverá qualquer mudança antes dessa etapa. As informações são do diretor de marketing da HP Brasil, Denoel Eller, acrescentando que ainda estão no ano fiscal corrente, que termina em 31 de outubro, e só depois de passar por essas duas etapas começará a integração de acordo com a orientação internacional.

"É importante ressaltar que a HP é uma empresa de tecnologia, de hardware e software e que com essa aquisição reforça sua área de serviço", enfatizou o executivo para ressaltar que o foco de atuação da HP continua o mesmo, só que agora ampliado.

O que se tem de concreto é que algumas atividades do segmento outsourcing da divisão TSG vão ser alocadas na EDS, como aplicações legadas e consultoria para segmentos verticais.

No Brasil essa aquisição tem quase que total complementaridade. Segundo informações da EDS, em 2007, 40% de suas receitas vinham de serviços para a área de telecomunicações, 26% do setor financeiro, 25% de manufatura e 8% de energia. "As áreas de telco e manufatura coincidem com o foco da HP Brasil, sendo que o mercado financeiro é um dos setores onde estamos investindo muito", explicou Eller, sem, contudo, revelar o share das receitas.

A EDS tem grandes data centers em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, e em Alphaville, onde processa mais de 6 milhões transações e mais de 1 bilhão de cartões de crédito. A HP tem seus data centers localizados em Tamboré e no Rio de Janeiro.

A área de contact center, responsável pela maior parte dos 10 mil funcionários da EDS brasileira, tem dois centros localizados em Salvador e São Paulo, que atendem clientes locais e internacionais. Na HP esse tipo de serviço é voltado ao atendimento de necessidades específicas dos clientes, como suporte de rede (NOC). "Não temos call center de mercado", explica Eller.

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