Call center deve abrir 60 mil novas vagas em 2006

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Mais de 60 mil novos empregos deverão ser criados em 2006 na área de call center, totalizando 675 mil trabalhadores.

A informação foi divulgada durante o seminário Contact Center Offshore in Brazil, realizado esta semana em São Paulo. Os dados fazem parte da
pesquisa internacional Global Call Center Industry Project, conduzida pelo professor Moacir Miranda de Oliveira Jr, do programa de pós-graduação da PUC-SP.

O estudo engloba 19 países e foi coordenado pelas universidades de Sheffield, da Inglarerra, e Cornell, dos Estados Unidos.

Participaram da pesquisa 114 empresas do Brasil, das quais 80% concentradas no eixo Rio-São Paulo. Destas 20% com mais de 700 PAs (posição de atendimento); 29% com mais de 100 PAs e 51% com mais de 10 PAs.

De acordo com Topázio Silveira Neto, presidente da Associação Brasileira de Teleserviços – ABT, o Brasil deve ter cerca de 250 empresas de call center, das quais 50% em São Paulo; 15% no Centro-Oeste; 15% no Nordeste, 10% no Rio de Janeiro e 10% no Sul.

Elas empregaram 580 mil funcionários em 2005, 200 mil deles nas 10 maiores empresas. Somentes duas companhias são responsáveis por de 100 mil empregados. A grande maioria desses profissionais (63%) são mulheres; 71% possuem 2º grau e 25% curso superior completo.

Offshore

A pesquisa revelou que apenas 3% desses 114 call centers prestam algum tipo de serviço offshore, um número ínfimo se comparado com a Índia que exporta 73% dos serviços de call center; e três vezes menos que a África do Sul, que detém a marca de 9% de exportação.

Mas ao contrário de considerar essa marca desanimadora, a presidente do Instituto de Telemarketing, Solange Shehtman Tobias, vê uma oportunidade para o País, tendo em vista a proximidade com os Estados Unidos e Canadá (fuso horário); termos qualidade na prestação de serviço, segurança, boa taxa de retenção de funcionários, e grande investimento em tecnologia e telecomunicações.

?O custo do serviço no Brasil está mais alto que a Índia, quando se compara as posições de nível gerencial, e operacional. Mas se excluirmos da comparação as empresas de call center mais antigas, e que trabalham para si próprias, a comparação de custo se torna competitiva?, esclarece Solange.

Segundo ela, pesquisas internacionais mostram que mais de 300 mil posições de atendimento sairão dos Estados Unidos até 2008 para outros países, em busca de pessoal qualificado, capacidade de operação, CRM, liderança e negócios.

A AT Kearney, em pesquisa realizada com 100 empresas do setor financeiro, diz que esse número chegará a 500 mil, 8% da força de trabalho desse segmento. A consultoria coloca o Brasil como o quarto mercado mais visado para receber esses empregos.

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