Fundo chinês GSR Ventures planeja levantar US$ 5 bilhões para adquirir empresas nos EUA

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O fundo chinês de capital de risco GSR Ventures pretende levantar US$ 5 bilhões para comprar ativos no exterior, principalmente nos Estados Unidos, e a expectativa é que anuncie ainda nesta segunda-feira, 27, a assinatura de acordos para adquirir empresas de tecnologia, internet e biotecnologia, segundo disseram pessoas com conhecimento do assunto ao The Wall Street Journal.

A GSR Ventures foi fundada em 2004 por empresários chineses ligados à tecnologia, que ficaram conhecidos em março quando se juntaram ao fundo americano Oak Investment Partners para adquirir 80% da divisão de componentes de iluminação da Philips, por US$ 2,8 bilhões.

Os recursos levantados por empresas como a GSR Ventures ultimamente são parte da estratégia de companhias chinesas, encorajadas por Pequim, para adquirir tecnologias no exterior, visando reduzir a dependência de importações. Muitas dessas tecnologias, como semicondutores e tecnologia automotiva avançada, são insumos dos quais a China é a maior consumidora mundial para a produção, por exemplo, de telefones celulares e carros.

A mais recente iniciativa nesse sentido, como parte desses esforços, foi a oferta de US$ 23 bilhões feita pela fabricante de chips Tsinghua UniGroup, empresa controlada pela estatal chinesa Tsinghua Holdings, à Micron Technology, fabricante de chips de memória americana. No entanto, a empresa vem enfrentando obstáculos para sentar à mesa de negociações com a Micron dada à oposição do governo dos EUA ao negócio.

Empresas americanas e européias também estão à procura de parceiros que possam ajudar a incrementar seus negócios na China, já que o governo chinês tem favorecido as empresas locais nos contratos públicos e desencorajado a compra de equipamentos estrangeiros. A urgência do Poder Central em estabelecer campeões nacionais em muitos setores relacionados à tecnologia foi impulsionada pelas revelações de que o governo dos EUA coletava dados e outras informações no exterior utilizando, em alguns casos, infraestrutura fonecida por empresas norte-americanas.

Como resultado, muitas empresas norte-americanas estão fazendo promoções e compartilhando tecnologia com parceiros chineses, na esperança de manter as vendas naquele mercado. A HP, por exemplo, vendeu 51% da sua participação na joint venture chinesa H3C Technologies, especializada no desenvolvimento e venda de equipamentos e software de rede, por US$ 2,3 bilhões, em maio, ao Tsinghua UniGroup. Agora, a fabricante americana espera que a venda de uma participação majoritária faça com que seja vista como uma empresa nacional na China.

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