Mercado brasileiro de TI crescerá 7,3% neste ano, acima da média mundial, que deve ficar em 3,4%

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O mercado brasileiro de tecnologia da informação e comunicações (TIC) movimentou US$ 157 bilhões em 2014, dos quais US$ 59 bilhões foram em receitas do setor de TI e US$ 98, de telecomunicações. Neste ano, apesar da retração econômica, a receita apenas do setor de TI deve crescer 7,3% na comparação anual, bem acima da média mundial, que será de 3,4%, totalizando US$ 64,3 bilhões.

A informação é de Luciano Ramos, coordenador de pesquisa de software da IDC Brasil, apresentada durante palestra realizada no evento Dell Solutions Roadshow, na quarta-feira, 25, em São Paulo. De acordo com o analista, o mercado de TI brasileiro está altamente concentrado na região Sudeste, com 63% do total, sendo que o Estado de São Paulo representa 30%.

Falando para uma plateia de usuários, Ramos ressaltou a relevância da chamada 3ª plataforma de tecnologia, que reúne cloud computing, mobilidade, analytics e social business, em que se destaca a mobilidade, já pesquisas constaram que os brasileiros compararam 100 smartphones por minuto no segundo trimestre. A média mundial de dispositivos conectados era de 46% em 2010, sendo que no Brasil o número era 26%. Mas, neste ano, esse cenário mudou radicalmente, pois a media global foi de 83% e o Brasil atingiu 81%, diminuindo o gap significativamente. "No mercado de IoT, o país crescerá de 130 milhões de dispositivos conectados em 2015 para 260 milhões em 2020", acrescenta.

Outra constatação relevante apresentada pelo analista da IDC é que o custo de administração de TI continuará crescente, sendo que 69% estarão comprometidos com administração e gestão do ambiente; 11% com energia e refrigeração e 20% para compra de novos ativos. "De 1985 para cá, o custo de energia cresceu três vezes, enquanto administração e gerenciamento cresceu oito vezes, motivo pelo qual os CIOs devem se preocupar em automatizar as operações, para reduzir esse custo", enfatiza Ramos.

Ele recomendou às empresas atualizarem a plataforma tecnológica, pois, por exemplo, os novos processadores economizam energia e a virtualização diminui espaços necessários aos servidores dentro do data center.

Entre as tendências que os CIOs devem avaliar, além da virtualização, estão software definido por tudo (SDE, ou software definid for everething),  cloud computing,  arquitetura convergente e tecnologia flash.

Impulsar os negócios

Ramos também salientou que os CIOs devem se preocupar em como a TI deve ajudar a alavancar os negócios das empresas, pois cada vez mais eles estão perdendo a influência na decisão de adoção da tecnologia. Em 2013, 75% das decisões de compras eram tomadas pela área de TI, e apenas 25% pela de negócios, a chamada LOB (line of business). Em 2015, TI decide 60% e LOB, 40%, mas a projeção para 2020 é de uma inversão, com o LOB decidindo 67% enquanto  TI diminui seu poder de decisão para apenas 33%.

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