Mercado recebe bem resultados da Embratel

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O mercado de capitais avaliou como positivos os resultados financeiros divulgados pela Embratel Participações e os papéis da empresa encerraram esta quinta feira, 27, em alta de 2,70% para as ações ordinárias (ONs) e de 2,24% para as preferenciais (PNs).

Os analistas destacam que a Embratel conseguiu de certa forma superar as expectativas do mercado ao apresentar crescimento no serviço de longa distância nacional de 5,2% em relação ao último trimestre do ano passado e de 7,4% ante os primeiros três meses de 2005.

"Além de conseguir aumentar o negócio de telefonia local em 40% na comparação ano a ano e ir muito bem também em dados, a Embratel está conseguindo manter a longa distância mais ou menos estável, o que nos dá uma certa tranqüilidade", comenta um dos analistas.

Mas a analista da BES Securities do Brasil, Luciana Leocadio, lembra que o negócio da longa distância não é fácil de ser projetado: "Depende de inovações tecnológicas e de como a empresa vai reagir a essas inovações. A longa distância acaba deixando a Embratel mais frágil e embora ela tenha aumentado a receita, essa gordura nos preços da longa distância tende a diminuir", comenta Luciana. "O negócio é bastante volátil e a longa distância ainda representa 60% da receita da operadora. Dificilmente outro negócio conseguirá substituir uma queda grande dessa receita de forma tranqüila", concorda outro analista.

Outro ponto destacado pelos analistas é a melhora da margem Ebitda da empresa, que passou de 18,3% no último trimestre de 2005 para 25,9% ao final de março deste ano, em parte causada pela diminuição de cerca de 25% das tarifas de interconexão.

Recomendações

Se o discurso dos analistas quanto ao resultado do primeiro trimestre de 2006 da Embratel é semelhante, o mesmo não se verifica nas recomendações para os papéis da empresa. Alguns recomendam a compra das ações; outros, a venda. E há ainda quem mantenha uma posição neutra. "O trimestre foi bom, mas agora precisamos ver se os resultados são sustentáveis e se este é o ponto de partida para a Embratel colocar ordem na casa e tornar-se viável", avalia o consultor da Bear Stearns, Alexandre Constantini. "É preciso analisar o cenário da Embratel no longo prazo", comenta Luciana, da BES.

Para outro analista, entretanto, as ações da Embratel não estão bem avaliadas pelo mercado e ele acredita que esses papéis possam sofrer uma alta de até 40% até o final de 2006. "Os resultados do primeiro trimestre impulsionarão a valorizarão as ações para um patamar mais próximo do valor real da companhia; afinal, ela tem um terço da Net Serviços, que vale muito", prevê. Segundo ele, as ações da Embratel, que valem hoje cerca de R$ 5,50 (R$ 5,70 as ONs e R$ 5,47 as PNs, no pregão desta quinta), podem encerrar o ano valendo algo entre R$ 7 e R$ 8.

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