Lucro e receita da Amazon decepcionam impactados pelos gastos com logística e transporte

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A Amazon.com registrou o menor lucro trimestral em um ano. Apesar disso, o terceiro trimestre marcou o sexto consecutivo de lucro da varejista online, com um aumento de 200%, após as oscilações para baixo e para cima desde que listou suas ações em bolsa há quase 20 anos. O lucro líquido totalizou US$ 252 milhões no trimestre contra US$ 79 milhões contabilizados em igual período do ano passado.

A receita da Amazon também teve crescimento expressivo, mais de 29%, para US$ 32,7 bilhões, ante US$ 25,3 bilhões um ano antes. Mesmo assim, o aumento das despesas operacionais, que também subiram 29%, para US$ 32,1 bilhões, praticamente ofuscou o resultado geral.

A empresa atribuiu essa situação ao fato de ter investido pesadamente para atender a demanda dos consumidores por mais encomendas e para que as entregas sejam feitas de forma mais rápida. A Amazon disse que a abertura de novos armazéns e itens de transporte com prazos de entrega mais curtos causados fizeram os custos a subir no trimestre. Ela prevê que o ritmo de investimentos continuará no restante deste ano.

Apenas para se ter uma ideia, a Amazon abriu 23 armazéns para atender aos pedidos em todo o mundo desde julho, após a abertura de apenas três na primeira metade do ano. "A criação desses armazéns tiveram um grande impacto no resultado", disse o diretor financeiro Brian Olsavsky em uma teleconferência na quinta-feira, 27. Apesar disso, o executivo disse os investimentos colocam a empresa em uma boa posição para atender a avalanche de pedidos no período das festas de Natal e Ano Novo.

No trimestre, a gigante do varejo começou a lançar as bases para o seu próprio negócio de transporte visando aumentar a capacidade de entrega para o fim de ano. Além disso, ela fez o leasing de 40 aviões para transporte de mercadorias e comprou caminhões, com o propósito de ter sua própria operação de logística. "Queremos controlar nosso próprio destino", acrescentou Olsavsky.

Outras áreas nas quais a Amazon aumentou significativamente os gastos incluem a promoção de seu conteúdo de vídeo e a expansão das equipes para sua divisão de serviços em nuvem, a Amazon Web Services (AWS), bem como para fortalecer as vendas do Echo, um aparelho que permite que as pessoas usem comandos de voz para obter informações, organizar horários e realizar compras online, e o Alexa, assistente de inteligência artificial.

A AWS, que se tornou um fator importante na rentabilidade da Amazon, aumentou as vendas em 55%, para US$ 3,23 bilhões. O CEO Jeff Bezos disse que espera que AWS atinja US$ 10 bilhões em vendas neste ano, mesmo diante da concorrência da Azure da Microsoft e Google Cloud.

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