A baixa penetração da banda larga na América Latina é um dos principais entraves à disseminação da IPTV, segundo Diego Bubillo, diretor da Signals Telecom Consulting. Durante o seminário ?IPTV – As novas oportunidades na distribuição de conteúdo? -, promovido pelas revistas TELETIME E TELA VIVA.
Ele destacou que o Brasil conta com apenas 1,25% da população com banda larga, perdendo do Chile que tem 3,95%. ?E que também está longe da massificação desse serviço?, afirma.
Outros obstáculos à IPTV, na opinião do consultor, são o alto custo do PC, baixo nível de renda per capita (comparado com países europeus) e os elevados custos dos serviços de banda larga.
Para as teles, a IPTV é a oportunidade de oferecer serviços triple play, adquirir novos clientes, incrementar serviços de banda larga e dimimuir o churn. ?Mas existem barreiras, como a pouca produção de conteúdo digital e como vão se diferenciar da oferta da TV a cabo?, diz.
As velocidades de banda larga oferecidas hoje também são impeditivos. Segundo Bubillo, para ter vídeo na rede, as operadoras teriam que oferecer no mínimo velocidades de 15 Mbps, sendo 20 Mbps o ideal. ?Oferecer vídeo em mais de um ponto de TV em casa, canais de alta definição, voz e dados, consomem muita banda e não será possível com apenas 8 Mbps, que é a oferta máxima hoje?, garante o consultor.
Na questão regulatória, o executivo vê apenas o Chile como o país mais avançado nesse setor, com a agência já discutindo o assunto e a favor da entrada de mais players. ?A Argentina, o Brasil e o México (onde se discute o título de concessão da Telmex para oferecer o serviço) ainda estão bastante atrasados na definição do marco regulatório?, afirma.