Projetos de SOA e BPM exigem maturidade das empresas

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Eles começaram de forma tímida no Brasil, por volta de uma década atrás. Dois acrônimos, SOA (arquitetura orientada a serviços) e BPM (gerenciamento de processos de negócio), que, embora não precisem ser utilizados juntos, a união pode trazer enormes benefícios às organizações. Como já se tornou quase uma constante quando o assunto é tecnologia da informação, o competitivo setor de finanças foi um dos primeiros a adotá-los no país. Há cerca de quatro anos, porém, projetos envolvendo SOA e BPM passaram a ser considerados de maneira mais séria também nos planos de investimento de grandes e médias empresas brasileiras.

Pesquisas realizadas por diversos institutos têm registrado o crescimento da curva de maturidade do Brasil ao longo dos últimos anos, indicando que se uma corporação deseja ganhar competitividade deve investir em SOA. Isso é uma verdade? Sim e não. Tanto SOA como BPM devem ser vistos como abordagens orientadas ao negócio e a sua adoção exige, obrigatoriamente, uma mudança cultural dentro da organização. A tecnologia propriamente dita é apenas uma parte do processo de adoção destas abordagens.

Ainda hoje, por exemplo, muitas pessoas confundem SOA como sendo simplesmente o desenvolvimento de um novo sistema tecnológico utilizando “Web Services”. Não é. Envolve reutilização inteligente de informações e granularidade, necessitando ser estruturado de forma alinhada à necessidade de negócios da empresa.

SOA provê os serviços para BPM, abordagem que permite estudar, relacionar e otimizar processos de negócios – que também podem ser reutilizados e alterados – de forma ágil. Nesse cenário, uma companhia passa, por exemplo, a ter um processo de contas a pagar e não mais apenas um sistema de contas a pagar. É muito diferente, ou seja, muito mais amplo do que apenas tecnologia. Entretanto, ao utilizar a tecnologia para tal, institutos de pesquisas apontam que o tempo de desenvolvimento de um projeto é 30% menor, comparado ao processo tradicional.

De uma forma geral, a área de TI das empresas gasta grande parte do seu orçamento (entre 70% a 80%) na manutenção de sua atual infraestrutura ao invés de reverter esse montante em novas funcionalidades, sistemas e processos para os seus usuários. A implantação dessas abordagens auxilia na redução desse número, além de unir a área de negócios à de TI, dois universos que começam a interagir cada vez de forma mais sinérgica. A consequência direta dessa união é a ampliação do orçamento dedicado à implantação de novas funcionalidades e processos, visando o negócio da empresa.

SOA e BPM têm, entretanto, dois empecilhos: a maturidade da organização e a sua capacidade de investimento. O que temos identificado entre as empresas brasileiras é um crescente interesse em sua adoção, principalmente por parte da alta gerência. Mesmo que elas não se sintam totalmente maduras, há um claro desejo de alinhamento de processos de negócios.

Estamos presenciando o início de uma mudança cultural na qual as organizações estão repensando o conceito de TI como um todo e, ao longo dos próximos anos, não há dúvidas de que o Brasil deverá experimentar um crescimento ainda mais expressivo nos projetos com SOA e BPM. Antecipar o uso destas abordagens pode garantir um diferencial decisivo em relação os concorrentes.

Contando com uma equipe de 100 especialistas em SOA e BPM e com uma parceria estratégica com a IBM, a Scala IT Solutions foi uma das pioneiras na oferta de serviços de consultoria e implantação de projetos utilizando essas abordagens no Brasil. Até o final do ano passado foram mais de 150 projetos.

* Filipe Cotait é diretor de tecnologia da Scala IT Solutions.

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