'Se ocorreram fraudes, não somos necessariamente responsáveis', diz Cisco

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A Cisco divulgou nesta segunda-feira (29/10) um extenso comunicado para, segundo ela, ?elucidar três das questões que a imprensa brasileira vem levantando sobre sua atuação no país na última semana?. O texto começa dizendo que a empresa ?mantém-se firme e pretende expandir seu compromisso no Brasil com seus funcionários, clientes, parceiros, acionistas e com suas operações no país?.

Depois, a empresa procura explicar o seu modelo de negócios no país. ?A Cisco tem uma equipe de funcionários baseada no Brasil para atender a seus clientes e parceiros daqui. Embora muitos desses empregados lidem diretamente com clientes, a Cisco trabalha com mais de 55 canais de parceiros certificados para vender produtos e serviços no país. Mais de 90% dos negócios da Cisco no Brasil fluem através de parcerias com canais de distribuição. Isso não é exceção: globalmente, mais de 80% dos negócios da Cisco fluem através de canais parceiros, que assumem o processo de importação?, enfatiza a nota.

A empresa faz uma comparação com os fabricantes de carros, computadores pessoais, celulares e vários equipamentos de informática para mostrar que utilizam um modelo de vendas indiretas para ?escalonar seus negócios e crescer em regiões novas e emergentes?.

?Um modelo de vendas indiretas permite aos distribuidores e revendedores de valor agregado (VARs) locais distribuir produtos e, com freqüência, customizá-los localmente, bem como acrescentar seus próprios produtos ou serviços adaptados para os usuários finais daquele mercado. Esse importante modelo de distribuição permite a uma economia regional existir, além de seus escritórios locais e cria ofertas regionalizadas para os clientes?, prossegue o comunicado.

A Cisco observa ainda na nota que mais de 80% da receita global de produtos e serviços da empresa provêm de parcerias com canais de distribuição. E ressalta que alguns canais compram produtos diretamente da Cisco, enquanto outros os obtêm através de distribuidores autorizados.

Ela diz, ainda, que, como todas as empresas do mundo, ?realiza um planejamento fiscal adequado que inclui o respeito às leis e práticas tributárias e de importação?. ?Revendedores e distribuidores devem fazer o mesmo. Se ocorreram fraudes fiscais nas empresas que distribuem ou revendem nossos produtos, não somos necessariamente responsáveis por essas ações. Embora contratemos empresas de auditoria altamente qualificadas para auditar esporadicamente nossos distribuidores, nenhuma corporação engajada em um modelo de vendas indiretas pode endossar ou controlar diretamente todas as ações de seus distribuidores?, diz a nota.

Por fim, a Cisco enfatiza, como já havia feito em comunicado anterior, que o ?nosso foco no momento é trabalhar diligentemente para entender melhor os detalhes e fatos da situação no Brasil?. E acrescenta: ?Embora a Cisco não tenha pleno acesso à investigação da Polícia Federal ainda em curso, a empresa está fazendo todo o possível para avaliar a situação e cooperar com as autoridades brasileiras. Também está conduzindo sua própria investigação interna para melhor compreender os acontecimentos e fornecer as informações mais completas possíveis. Contudo, enquanto o conjunto completo dos fatos não for conhecido, seria inadequado e injusto fazer comentários prematuros sobre a situação?.

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