TV Digital: Japoneses rebatem críticas da Coalizão DVB

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O ISDB respondeu nesta quinta, 30/3, os ataques da Coalizão DVB ao padrão japonês. Yasutoshi Miyoshi, da Primotech21 e representante no Brasil do grupo japonês que negocia o sistema ISDB-T, refutou as informações divulgadas pelo DVB afirmando que de forma análoga ao modelo brasileiro, o subsídio aos aparelhos por parte das operadoras de telefonia celular também existe no Japão.

Lá, segundo o representante de ISDB, ?os operadores subsidiam os aparelhos por entenderem que o acesso à televisão digital gratuita que contempla recursos de interatividade (compra por televisão, acesso a internet, etc.) gerará tráfego de dados (serviços tarifados), e as operadoras obterão receita adicional que irá custear o subsídio?.

Em relação à limitação para transmitir múltiplos programas para receptor portátil dentro de um mesmo canal de 6Mhz, Miyoshi diz que, no ISDB-T, os 13 segmentos da banda podem ser organizados em três camadas (agrupamentos) permitindo transmitir três programas dentro de um mesmo canal de 6MHz (combinação de transmissão de conteúdo HDTV, SDTV, LDTV).

Mas explica que este não é um limite técnico, mas apenas do formato da especificação hoje estabelecida e que ?a flexibilidade construtiva da segmentação da banda presente no ISDB-T permite transmitir programas em cada um dos 13 segmentos?.

Os japoneses também refutam a afirmação do DVB no sentido de a disponibilidade de mais programas se traduz em aumento das receitas, visto que ?não se espera que os usuários assistam a dois ou mais programas simultaneamente?.

Miyoshi concorda com os representantes do quando afirmam que a técnica de ?diversidade de freqüências? permite o aumento de robustez em relação à ?segmentação da banda? somente.

Mas afirma que ?o sistema ISDB-T utiliza o 'Time Interleaving Tool' em combinação com a 'segmentação da banda'?…, ?o que assegura uma excelente performance em termos de robustez na recepção de sinais?. Lembra ainda que ?daqui a menos de 24 horas? será feita a inauguração oficial da transmissão comercial para dispositivos móveis em 29 das 47 províncias japonesas.

Quanto à durabilidade de baterias em celulares aptos a receber o sinal ISDB, o representante japonês diz que é possível assistir a programação de televisão por aproximadamente duas horas, com o uso de uma bateria de 830mAh, sendo que as baterias podem ser de até 1500mAh, ou seja, com o dobro da capacidade.

Sobre a operadora de telefonia móvel japonesa KDDi, os japoneses afirmam que os telefones que ela comercializa hoje são do sistema ISDB-T e que existe um trabalho para o estudo da viabilidade de se introduzir o serviço de distribuição de conteúdo pago para os terminais portáteis.

Por fim, sobre a construção de aparelhos de telefone celular com receptor ISDB-T, Miyoshi diz que o circuito de televisor apenas compartilha a tela do aparelho com a função do telefone, bastando acrescentar ao telefone o chip e os circuitos de recepção de televisão digital.

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