O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) entrou com uma ação para barrar a compra da T-Mobile, pertencente à alemã Deutsche Telekom, pela AT&T, num negócio avaliado em US$ 39 bilhões. O grupo de telecomunicações pode ser impedido de adquirir a operadora de telefonia móvel sob a alegação de danos à competição e formação de monopólio no mercado.
O diretor da Comissão Federal de Comunicações do país (FCC, na sigla em inglês), Julius Genachowski, divulgou comunicado no qual destaca que o pedido do DOJ teve como base o argumento de que a aquisição "irá diminuir significativamente a competitividade no mercado, violando leis antitruste do país".
O negócio bilionário criaria uma gigante de telefonia móvel. A justificativa da AT&T é que, com o negócio, poderá levar seu serviço a todas as áreas dos Estados Unidos. Entretanto, com o fim da T-Mobile USA como rival de mercado, o DOJ acredita que haveria um prejuízo no incentivo a preços menores e melhor qualidade do serviço.
A AT&T divulgou nota em que se diz "surpresa e desapontada" com a decisão. O DOJ, contudo, deixou portas abertas para uma adaptação do negócio. "Se eles quiserem resolver os problemas que nos preocupam, iremos ouvi-los. Abrimos o processo para barrar a compra e iremos prosseguir com ele no tribunal", afirmou Sharis Pozen, diretor do Departamento Antitruste do órgão.
Na quarta-feira, 31, a AT&T anunciou planos de trazer de volta aos EUA cerca de 5 mil postos de trabalho do call center da T-Mobile, após a conclusão da compra. O anúncio foi feito horas antes da divulgação da ação aberta pelo DOJ.
Mais tarde, a alemã T-Mobile afirmou que está preparada para levar até o fim a venda da unidade norte-americana à AT&T, enfatizando seu desapontamento com a decisão. A empresa divulgou que não tem interesse em investir no mercado americano, pois seu foco principal é o crescimento do mercado europeu de telecomunicações.
- Fusão