Três semanas depois de divulgar os resultados financeiros preliminares do segundo trimestre do ano fiscal de 2015, encerrado em 30 setembro, que desencadeou uma enorme queda em suas ações, a Microchip anunciou que o balanço do período, divulgado na quinta-feira, 30, superou as expectativas.
Embora o lucro líquido da fabricante de chip no período tenha ficado em US$ 93,6 milhões, o que representa uma queda aumento de 6,2% na comparação com os US$ 99,8 milhões registrados em igual trimestre do exercício fiscal anterior, a receita teve aumento de 10,9%, passando de US$ 492,7 milhões um ano antes para US$ 528,9 milhões.
O crescimento expressivo nas vendas, e as previsões da empresa de que a receita do terceiro trimestre fiscal fique apenas "ligeiramente abaixo dos níveis sazonais típicos", fez com que as ações da Microhip encerrassem o pregão na Nasdaq nesta sexta-feira, 31, em alta de quase 5%, negociadas a US$ 43,11.
Os papéis dos fornecedores de chip na bolsa de tecnologia, por sinal, registram forte alta nesta sexta. Tanto fabricantes de chip analógico quanto produtores de microcontroladores, tais como a Atmel, Freescale, STMicro, Synaptics, Cirrus Logic, Amkor, Intersil e Linear, fecharam o pregão com o preço de suas ações em elevação. Os papéis da STMicro, por exemplo, subiram 4,67%, para US$ 6,72, enquanto os da Synaptics aumentaram 4,54%, negociados a US$ 68,43, e os da Freescale decolaram 8,75%, vendidos a US$ 19,89 — apenas para citar algumas.
As ações de fabricantes de chips para dispositivos móveis também tiveram alta. Mesmo empresas pequenas desse segmento, tais como a Skyworks, RF Micro, TriQuint, Silicon Motion, viram seus papéis subirem nesta sexta. Gigantes como a Broadcom, Texas Instruments e Xilinx, após entregarem resultados financeiros trimestrais acanhados, se recuperaram. A Broadcom fechou o dia com seus papéis valendo US$ 41,88, alta de 2,92%, ao passo que a Texas terminou o pregão com as ações negociadas a US$ 49,66. As ações da Intel acompanharam a tendência de alta e fecharam o dia cotadas a US$ 34,01, elevação de 4,39%.
Uma das razões para o desempenho da indústria de chip, conforme já previam vários estudos de mercado, foi a forte produção de eletrônicos para a temporada de festas de fim de ano, quando uma verdadeira enxurrada de eletroeletrônicos chega ao mercado — desde simples consoles de videogame até tablets e smartphones —, o que fez aumentar a demanda por chips. Isso sem falar também na queda de preços dos semicondutores e na redução dos estoques.