Big Data: além do armazenamento de grandes volumes de dados

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Pensar em big data é pensar em armazenamento de grande volume de dados e pode ser explicado por meio do conceito dos 5V´s: Volume, pela grande quantidade de conteúdo produzido atualmente através da internet; Variedade, pela enorme quantidade de conteúdo dos mais diversos lugares, culturas e diferentes estruturas; Velocidade, que pode ser traduzida pela rápida disseminação das informações que caem na rede e também pela possibilidade de análise dos dados; Veracidade, verificando a autenticidade das informações e das fontes; e Valor, gerando números financeiros para as organizações que implantaram e fazem uso do big data.

Levando em consideração os 5 V´s, o big data pode ser utilizado por qualquer corporação. Apoiado por metodologias e softwares que buscam trazer valor às análises das organizações, o big data auxilia principalmente a avaliação de dados que as empresas produzem por meio de seus próprios sistemas de ERP, CRM, entre outras tecnologias, e está trazendo à tona a necessidade de cruzar e analisar dados externos produzidos de diversas formas e entidades, como organizações formais, informais, indivíduos, entre outros.

A importância do big data está no conhecimento que ele gera. Quanto mais se conhece os mercados, as aplicações, as características de seus produtos, os concorrentes e os consumidores, mais vantagem competitiva será gerada à gestão das organizações. O grande desafio é que o big data é um terreno ainda muito novo e inexplorado. Existem muitas dúvidas em relação às tecnologias e seus conhecimentos, além de ainda não existir um volume grande de experiências ou mesmo de material de apoio para estudos sobre o conceito e sua implantação.

No entanto, percebe-se que há uma tendência notável de grandes empresas investirem cada vez mais em soluções e melhorias. Mais especificamente no Brasil, empresas de grande porte e, as especializadas em Business to Consumer , estão investindo, ainda que timidamente, em big data.

Apesar dessas iniciativas terem aumentado, ainda são poucas as empresas que investem de fato na implementação de projetos de big data, seja devido a fatores culturais, disponibilidade de recursos humanos e/ou financeiros.

Podemos usar o mercado brasileiro como exemplo da questão cultural e capacidade de investimento. Usando como métrica a quantidade de organizações, o nosso mercado é composto por uma gama enorme de pequenas e médias empresas. E neste cenário, algumas poucas empresas de médio porte estão iniciando agora suas primeiras experiências. As pequenas organizações, em muitos casos, ainda nem sequer têm um sistema ERP. Então ainda estamos falando de um seleto grupo de organizações que começaram a investir em big data.

Como qualquer outra situação de mercado, a escala reduz preços, disponibiliza recursos e, certamente com o sucesso destes projetos, haverá uma ampliação de aplicações de big data.

*Julio Bertolini Filho é diretor da ABC71

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