Apple mantém posição contra desbloqueio de iPhone usado por terrorista em ataque

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A Apple reafirmou sua posição durante audiência no Congresso dos EUA, nesta terça-feira, 1º, contra uma ordem judicial para que desbloqueie ao FBI um iPhone usado por um dos atiradores que mataram 14 pessoas de San Bernardino, na Califórnia, no início de dezembro do ano passado. A companhia argumenta que a medida pode representar um precedente perigoso.

Na quinta-feira da semana passada, 24, a Apple entrou com uma moção contra a decisão judicial, mantendo a posição defendida pelo presidente-executivo (CEO) da empresa, Tim Cook, de que poderia ir até a Suprema Corte. O executivo classificou a ordem judicial de uma ameaça para as liberdades civis.

O advogado geral da empresa, Bruce Sewell, sustentou durante a audiência que criar uma ferramenta para destravar o aparelho enfraquece a segurança de centenas de milhões de dispositivos Apple. Segundo ele, hackers e cibercriminosos podem usar isso para causar estragos "à nossa privacidade e à segurança pessoal".

Sewell depôs depois do diretor do FBI, James Comey, que disse a parlamentares na semana passada ser improvável que criar uma técnica de destravamento fosse um precursor para o estabelecimento de um precedente legal e que não seria usado para acessar aparelhos da Apple de gerações futuras. Comey disse que está preocupado com o surgimento de "espaços à prova de autorizações judiciais", em que a informação crítica não pode ser encontrada. "Nós estamos pedindo para garantir que possamos continuar a obter a informação eletrônica e as provas em conformidade com a autoridade legal que o Congresso nos concedeu para manter a América segura."

O FBI quer que a companhia permita o acesso ao celular do atirador Syed Rizwan Farook com a desabilitação de algumas de suas proteções por senhas. "A questão central é: Depois que todos os requisitos e garantias legais e da Constituição foram cumpridos, estamos confortáveis com decisões técnicas de projeto que resultam em barreiras para a obtenção de provas de um crime?" questionou Comey. Com agências de notícias internacionais.

Notícia atualizada às 19h47.

1 COMENTÁRIO

  1. Eu acho que a questão central é: Dado que o sujeito é um terrorista comprovado e que podem existir informações em seu dispositivo móvel que levem a se evitar novas tragédias, deve ou não haver colaboração da Apple?

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