Executivo do WhatsApp é questionado sobre impossibilidade do app armazenar dados para investigação de crimes

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O vice-coordenador jurídico geral do WhatsApp, Mark Kahn, foi questionado pelos deputados Delegado Éder Mauro, Silas Freire, JHC e Eduardo Bolsonaro sobre a impossibilidade técnica do aplicativo de armazenar dados e fornecê-los às autoridades em investigações de crimes. Durante audiência na CPI dos Crimes Cibernético, nesta terça-feira, 1°, os deputados também questionaram o fato de a empresa ter sede nos Estados Unidos e não manter funcionários no Brasil.

Kahn explicou que o serviço foi desenvolvido para que as mensagens não fossem armazenadas. "Uma vez que são enviadas não ficam em nosso servidor. Isso é que faz o serviço ser rápido e eficiente", informou.

Segundo ele, mesmo com ordem judicial é impossível interceptar essas informações, porque eles não dispõem da chave do código. Ele admitiu que não há escritório no Brasil ou em qualquer outro país que não seja os Estados Unidos. "Somos só 110 funcionários", explicou.

Kahn também informou que há um canal exclusivo para atender autoridades em situações emergenciais, quando há risco de vida. O executivo do WhatsApp também destacou que a grande maioria dos usuários estão usando o aplicativo para finalidades produtivas e não criminosas.

Alexandre Castro, representante das empresas de telefonia, defendeu simetria regulatória entre o setor e novos aplicativos de internet. "São inúmeras exigências que recaem sobre nosso setor, o que não ocorre na internet", disse, defendendo a regulamentação do marco civil da internet.

O deputado Paulo Lustosa defendeu que o desafio é estabelecer as exceções em que o Estado pode ter acesso a informações privadas. Ele também avalia que o marco regulatório ainda está longe de prever a responsabilização por crimes cibernéticos. As informações são da Agência Câmara.

2 COMENTÁRIOS

  1. As operadoras de telefonia reclamam "simetria regulatória" de forma a dificultar a vida di cidadão que usa o Whatsapp. Entretanto pergunte a elas se algum grupo econômico decidir que vai concorrer com elas vai conseguir? Claro que não, a concessão garante os eu monopóliozinho. Ah…vai te catar celular!

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