Uber revela ter registrado prejuízo de US$ 237 milhões com operações internacionais em apenas um ano

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As operações internacionais do aplicativo de transporte particular Uber registraram perdas US$ 237 milhões em 2014, mais que seu prejuízo de US$ 32 milhões no ano anterior, de acordo com declaração arquivada no mês passado na Câmara de Comércio Holandesa, que lida com registros corporativos na Holanda. Esse foi o período mais recente que a empresa de capital fechado foi obrigada a reportar para as autoridades em Amsterdam, onde fica sua sede internacional.

Segundo o documento, as receitas internacionais do Uber totalizaram US$ 68 milhões em 2014, mas a empresa não divulga a receita de anos anteriores nem fornece a quantidade total de reservas ou tarifas pagas pelos clientes.

A perda refere-se somente a uma subsidiária do Uber, a Uber Internacional C.V.. Ainda assim, os números revelam um grande salto nos gastos entre 2013 e 2014, período em que a empresa acelerou sua expansão internacional. Atualmente, o aplicativo opera em cerca de 400 cidades, contra menos de 100 no início de 2014.

Mas analistas calculam que as perdas internacionais da companhia já devem ter crescido ainda mais. Em uma entrevista no mês passado ao site canadense Betakit, o CEO do Uber, Travis Kalanick, disse que a empresa está perdendo US$ 1 bilhão por ano apenas na China, onde foi lançado em 2013, e está investindo pesadamente para competir com o app rival Didi Kuaidi. Em outubro, o Uber revelou que cerca de 30% das corridas realizadas por seus veículos no mundo estavam em China.

Na mesma entrevista Kalanick, entretanto, que o Uber é rentável nos EUA. Procurada pelo The Wall Street Journal, a empresa disse, por meio de um e-mail, que "somos uma empresa em rápido crescimento que está investindo pesadamente para levar nosso serviço para mais pessoas em mais cidades".

O Uber já levantou mais de US$ 10 bilhões para expandir suas operações em todo o mundo. A empresa inclusive tem elevado os custos para manter os preços das corridas mais baixos que os concorrentes para atrair novos passageiros, além de oferecer subsídios para atrair novos motoristas. O exigência do arquivamento da declaração pela Câmara de Comércio holandesa, segundo o próprio órgão, é dar mais transparência aos investidores locais.

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