Pagamentos digitais deverão chegar a US$ 726 bilhões em 2020, calcula estudo

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A população global deverá movimentar US$ 726 bilhões em transações de pagamento digital até 2020. Informação faz parte do estudo elaborado pela Campgemini e pelo BNP Paribas, divulgado nesta segunda-feira, 9.

Segundo o estudo, entre 2014 e 2015, apesar da expansão dos pagamentos digitais, os pagamentos com cartões de débito representaram a maior parcela das transações não monetários, com 46,7%, enquanto os cartões de crédito registraram 19,5%.

No mesmo período, as transações não monetárias aumentaram 11,2%, o maior crescimento da última década. Os cartões sem contato são vistos como "a nova meca", especialmente na Europa, segundo o estudo. Na França, a circulação de cartões sem contato Visa duplicou em um ano 2015, saindo de 20,3 milhões, em 2014, para 40 milhões. A UK foi o maior mercado de pagamentos sem contato na Europa, com 106,9 milhões cartões em circulação em 2015.

Mas o dinheiro em espécie ainda continua sendo o principal meio de pagamento, especialmente para transações de baixo valor. Por outro lado, os cheques encolheram 13,4% em 2015. O estudo não especificou o número de cheques pagos.

Nos mercados em desenvolvimento, caso do Brasil, os pagamentos digitais cresceram 21,6% entre 2014 e 2015, em comparação com um aumento de 6,8% nos mercados maduros.

Os pagamentos não pecuniários nos mercados emergentes asiáticos deverão crescer em quase um terço (30,9%), liderados pela China e Índia.

Fintechs

O estudo destacou que as empresas de tecnologia financeira (fintech) e a regulamentação do mercado estão transformando o cenário de pagamentos. Uma nova lei introduzida pela União Europeia deve permitir que empresas terceirizadas tenham acesso aos dados dos clientes bancários com o seu consentimento. O objetivo da UE é abrir o ecossistema de pagamentos para credores menores e empresas não bancárias e tornar a concorrência mais justa.

As novas regras europeias, que entraram em vigor em janeiro de 2018, fazem parte de uma fase do mundo fintech, conhecido como "banco aberto".

"Dentro deste ecossistema novo e dinâmico, os participantes da indústria de pagamentos devem reavaliar estrategicamente seus papeis", afirma Anirban Bose, chefe de mercados globais de bancos e capitais da Capgemini, em comunicado nesta segunda-feira.

Em um ecossistema aberto, espera-se que os bancos compartilhem com as fintechs as interfaces de programação de aplicativos (APIs). As APIs são códigos que permitem que diferentes programas financeiros se comuniquem entre si. As APIs abertas permitem que os desenvolvedores tenham acesso às aplicações de software dos bancos.

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