Documentos provam que NSA violou privacidade ao monitorar registros telefônicos nos EUA

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Documentos revelados na última terça-feira, 10, afirmam que a Agência de Segurança Nacional (NSA) violou as leis de proteção à privacidade durante três anos. Segundo o The Wall Street Journal, as violações continuaram até um juiz ordenar a revisão do programa em 2009.

Entre os anos de 2006 e 2009, de todos os 17.835 números de telefones de cidadãos americanos monitorados, apenas 1.935 tinham base em algum padrão razoável de suspeita, segundo autoridades do Tribunal de Vigilância da Inteligência Estrangeira. Na ordem judicial de 2009, desclassificada nesta terça, o juiz Reggie Walton disse que o governo "violou frequentemente e sistematicamente" os processos que havia dito serem seguidos por um elemento crítico do programa de espionagem, criticando as "declarações repetidamente incorretas feitas nas submissões do governo" ao solicitar o monitoramento de dados.

No programa de espionagem, a NSA determinou que quase todos os registros de chamadas de telefone dos Estados Unidos eram relevantes para suas investigações de terrorismo. Os registros, chamados de metadados, incluem números de telefone discados e a localização da pessoa que estava ligando, mas não o conteúdo das conversas. Além disso, a agência usou uma lista de quase 18 mil números considerados de "interesse ao contraterrorismo" para filtrar registros telefônicos em uma base diária e determinar quais deveriam ser observados com mais detalhes. O governo também coletava informações de cartões de crédito.

Após a intervenção do juiz Walton, o programa foi reformulado e a NSA foi obrigada a obter aprovação do tribunal em uma base caso a caso para procurar dados. O diretor de inteligência nacional James Clapper declarou que os erros cometidos na busca por dados decorreram da "complexidade da tecnologia" e que, ao detectá-los, a agência os corrigia.

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