Sony condena WikiLeaks por divulgar mais de 30 mil documentos vazados por hackers

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O WikiLeaks publicou na quinta-feira, 16, um banco de dados com mais de 30 mil documentos e 173 mil e-mails vazados por hackers após a invasão à base de dados da Sony Pictures Entertainment, ocorrida em dezembro do ano passado. O motivo do ataque foi atribuído na época ao lançamento do filme "A Entrevista", uma comédia que trata sobre um plano de dois jornalistas recrutados pela CIA para exterminar o líder norte-coreano Kim Jong Un.

O site, famoso por vazar documentos secretos do governo americano, postou arquivos com informações confidenciais em um formato facilmente pesquisável. A justificativa do WikiLeaks para a divulgação dos documentos é que eles são importantes para manter os olhos do público abertos sobre os laços da Sony com a Casa Branca. "[É preciso mostar] os esforços de lobby da companhia em nome da proteção dos direitos autorais, bem como as suas 'conexões com o complexo industrial-militar dos EUA'", disse o grupo em um comunicado em seu site.

"Este arquivo mostra o funcionamento interno de uma empresa multinacional influente e no centro de um conflito geopolítico. Ele pertence ao domínio público. E o WikiLeaks vai garantir que ele permaneça lá", disse Julian Assange, fundador do site.

Em comunicado, a Sony disse que "discorda veementemente" da afirmação de que o material é de domínio público. "O ciberataque à Sony Pictures foi um ato criminoso e condenamos fortemente a indexação de informações roubadas e dados de funcionários e informações privilegiadas no WikiLeaks. Os cibercriminosos disseminaram informação roubada para tentar prejudicar Sony Pictures Entertainment e seus colaboradores, e o WikiLeaks agora lamentavelmente os ajuda nesse esforço", disse a companhia na nota.

Logo após o ataque, o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) chegou a acusar formalmente o governo norte-coreano como responsável pelo ciberataque, em retaliação ao lançamento do filme estrelado por Seth Rogen e James Franco.

Os documentos postados pelo WikiLeaks incluem conexões entre Sony e do Partido Democrata, como um e-mail no qual o partido pede a executivos da companhia para doar US$ 50 mil para o governador de Nova York, Andrew Cuomo, para o seu programa de combate à pirataria, bem como as ligações com a RAND Corporation, empresa de análise e pesquisas, geralmente contratada pelo governo dos EUA, principalmente pelas forças armadas.

Há também uma grande quantidade de informações sobre o mundo do cinema, incluindo e-mails sobre filmes da Sony, bem como filmes e programas de TV produzidos por rivais.

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