Rede de dispositivos IoT simplifica instalação de iluminação e outros serviços públicos

0

A modernização dos sistemas de iluminação pública, que vem acontecendo em todo o país, traz uma grande oportunidade para os municípios interessados em aderir ao conceito de cidades inteligentes. Afinal, a mesma infraestrutura de conectividade empregada para a telegestão da iluminação pública (IP) pode ser utilizada, também, por outras aplicações de Internet das Coisas (IoT) que tornam a cidade inteligente. Esse é o foco do projeto que a Unidade EMBRAPII CPqD acaba de desenvolver em parceria com a Exati Tecnologia, empresa de Curitiba que oferece uma plataforma para gestão de IP atualmente utilizada em mais de 200 cidades brasileiras.

"Trata-se de um gateway que gerencia uma rede de comunicação sem fio, à qual podem ser conectados diversos dispositivos para smart cities", explica Dênis Weis Naressi, CEO da Exati. "Em conjunto com a aplicação de gerenciamento de IP da Exati, a nova solução constitui uma rede inteligente de iluminação pública e outros serviços", acrescenta.

Naressi destaca, entre as vantagens do produto, o tamanho compacto, a fácil instalação e o baixo custo de aquisição e manutenção. "Ao contrário das soluções atuais, que são instaladas em prédios, torres ou postes e necessitam de equipes especializadas para operação, esse novo produto pode ser instalado diretamente nas luminárias, por qualquer eletricista", afirma.

Juliano Bazzo, da gerência de Tecnologias de Controle e Inteligência de Sistemas do CPqD, enfatiza que três aspectos diferenciam a solução desenvolvida: o módulo de comunicação sem fio, que pode alcançar uma área de mais de um quilômetro ou várias quadras de um bairro; a capacidade do módulo de telegestão funcionar como um ponto de acesso para sensores BLE (Bluetooth Low Energy) espalhados pela cidade – como semáforos inteligentes, sensores de estacionamento e pulseiras para localização, por exemplo – e o protocolo de roteamento, que permite a um único concentrador atender centenas de módulos. "Com isso, cada ponto de IP torna-se uma plataforma para prover diversos serviços que podem melhorar a vida do cidadão e trazer outras fontes de recursos para as empresas", explica.

Outro destaque importante da solução é a possibilidade de integração com a Plataforma Aberta para IoT, desenvolvida pelo CPqD dentro de um projeto de inovação aberta – que envolve outras instituições e empresas -, que conta com suporte do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, via FINEP. "Essa integração permite acelerar o desenvolvimento de aplicações para cidades inteligentes", acrescenta Bazzo.

A própria Exati – que será responsável pela fabricação e comercialização do novo produto – já integrou sua solução à Plataforma IoT e deverá utilizá-la nos cenários de cidades inteligentes, aproveitando a capacidade do módulo de telegestão de viabilizar a comunicação com a diversidade de sensores utilizados e suas aplicações previstas para os próximos anos. O projeto desse módulo de telegestão inovador resultou em um pedido de patente, que foi depositado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) em julho deste ano.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.