Digitalização e serviços de dados puxam receita da Telefônica

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A receita operacional líquida cresceu 1,5% no quarto trimestre em relação a igual período do ano anterior, alcançando R$ 11 bilhões no período. No ano, a variação foi positiva em 1,6%, totalizando R$ 43,2 bilhões. Já os custos operacionais recorrentes apresentaram queda de 1,5% no período e 1,1% no ano, fechando em R$ 7 bilhões e R$ 28,5 bilhões, respectivamente.

Segundo a operadora, esse é o oitavo trimestre consecutivo de queda de custos recorrentes, resultado do foco em eficiência e digitalização que a Telefônica optou, que também trouxe expansão no EBITDA recorrente da empresa, que totalizou R$ 3,9 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 7,3% no ano a ano. Em 2017, o índice registrou os mesmos 7,3% de aumento e fechou em R$ 14,6 bilhões.

Os investimentos totalizaram R$ 8 bilhões no ano e foram destinados à ampliação da rede móvel 4G para mais de 2 mil novas cidades, o que elevou a presença da rede da companhia para 2,6 mil municípios em dezembro, cobrindo 84,5% da população brasileira. Os recursos também foram direcionados à expansão de fibra ótica para 16 novos municípios brasileiros, perfazendo um total de 87 cidades com FTTH (fiber-to-the-home).

A Telefônica diz que os investimentos equivalem a 18,5% da receita operacional líquida no ano e faz parte da estratégia de oferecer melhor tráfego de dados, com altas velocidades tanto na rede móvel quanto na fixa.

Dados puxam a receita da operadora

Separando por áreas de negócio, a receita líquida móvel da operadora cresceu 3,9% no quarto trimestre no comparativo anual, alcançando R$ 6,8 bilhões no período. O aumento foi impulsionado pela receita de dados e serviços digitais, que hoje é a principal alavanca de crescimento de receita da companhia e representa 75% do faturamento móvel total. Este segmento apresentou expansão de 25% no ano a ano, chegando a R$ 4,9 bilhões.

No trimestre, a representatividade da receita de dados e serviços digitais sobre a receita líquida de serviço móvel aumentou para 75%, uma evolução de 12,7 pontos percentuais sobre igual período do ano anterior. No total do ano, a receita líquida móvel teve incremento de 3,6%, atingindo R$ 26,5 bilhões.

No negócio fixo, a receita líquida apresentou redução de 2,3% no quarto trimestre em comparação ao mesmo período de 2016, fechando em R$ 4,1 bilhões. No ano, a queda foi menos acentuada, de 1,3%, terminando 2017 com R$ 16,7 bilhões de faturamento.

A operadora justifica a queda pela tendência de mercado de abandono de voz fixa, além do corte da tarifa de ligação fixo-móvel e redução da tarifa de interconexão no serviço. No trimestre, a receita com voz caiu para R$ 1,6 bilhão (-14,4%), enquanto o ano fechou em R$ 6,8 bilhões (-10,2%).

Por outro lado, a receita de banda larga cresceu 22,7%, no comparativo anual, com faturamento de R$ 1,2 bilhão, impulsionada pela evolução das receitas de UBL (ultra banda larga), que representou 60,2% da receita total de banda larga no período. No ano, o crescimento foi de 16,7% e receita R$ 4,5 bilhões.

Diante da tendência de maior uso de dados, a Telefônica vem atuando para aumentar a base de UBL, por meio da migração de clientes para velocidades mais altas e da expansão de rede de fibra ótica para novas cidades.

Já a TV por assinatura registrou queda de 1,2% na receita em 2017, fechando em R$ 1,9 bilhão. Apesar disso, o IPTV apresentou crescimento de receita de 64,6%, devido à estratégia mais seletiva da empresa para este serviço. O foco agora é investir em produtos de valor com a finalidade de oferecer a melhor experiência ao cliente e otimizar a rentabilidade do negócio.

Pós-pago mantém-se em destaque

A companhia registrou um total de 74,9 milhões de acessos móveis ao final de 2017, volume 1,6% superior ao do ano anterior. Com isso, a empresa manteve-se na liderança de mercado, com 31,7% de participação, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em acessos fixos, a operadora registrou perda de 2,1% e terminou o ano com 22,8 milhões de acessos.

No pós-pago, a empresa conta com 36,7 milhões de acessos, aumento de (10,1%), com market share de 41,8% em dezembro. De acordo com a empresa, o lançamento de um novo portfólio para os planos Vivo Família, com funcionalidades inovadoras como o Double Play, e a expansão do 4G contribuíram para esse desempenho positivo. Deste número de pós-pagos, 6,3 milhões são de M2M (máquina a máquina). A base teve um incremento de 26,1% comparado ao ano anterior, com participação de mercado de 41,5%.

Já o parque pré-pago teve sua base reduzida em 5,5% em relação a igual período do ano anterior, devido à forte migração para planos controle e à política de desconexão de clientes inativos. Com isso, a Telefônica conta 38,1 milhões de linhas do tipo.

No negócio fixo, os acessos totalizaram 22,9 milhões, um recuo de 2,1% em relação ao quarto trimestre do ano anterior, devido a uma redução de clientes de voz e TV por assinatura. A banda larga fixa continua em evolução, com 7,4 milhões de clientes, um crescimento de 1,9% no comparativo anual. A base de clientes em fibra ótica cresceu 9,5% relativamente a igual período do ano anterior e já atinge 4,5 milhões de acessos.

Os clientes de ultra banda larga já representam 61,1% do total de acessos de banda larga, impulsionando o ARPU (receita média por cliente) para um crescimento de 20,5% em relação a igual período de 2016. Com a expansão do FTTH (Fiber-to-the-Home) para 16 novas cidades no ano, a companhia já conta com 1,3 milhão de acessos nessa tecnologia, o que representa crescimento de 45,3% em relação ao ano anterior.

Apesar de uma queda nos acessos de TV por assinatura da ordem de 7,3% no comparativo anual, a empresa registrou crescimento na base de clientes de alto valor, que optaram pelo IPTV, da ordem de 50,8% sobre o quarto trimestre de 2016, devido sobretudo à expansão da tecnologia para 32 novas cidades em 2017.

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