iTunes registra queda de 13% na venda de músicas no mundo

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As vendas de música digital na loja iTunes da Apple têm caído em todo o mundo, cerca de13% desde o início do ano, o que reflete a fragilidade da recuperação da indústria musical. Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, a receita global com downloads de músicas recuou 2,1% em 2013, mas o declínio foi compensado pelo aumento das receitas com anúncios nas lojas virtuais e assinantes de serviços de streaming de músicas, o que resultou no crescimento de receita global na maioria dos mercados no ano passado.

Nos EUA, as vendas de músicas online neste ano estão quase 50% abaixo do pico registrado no ano 2000, embora tenha ficado estável nos últimos anos. E a queda nas vendas globais do iTunes apenas espelha o declínio doméstico. As vendas de downloads nos EUA caíram 12% no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Recording Industry Association of America (RIAA). Apesar disso, houve um salto de 23% na receita com serviços de assinatura paga, que ajudou no aumento da receita digital global para US$ 2,2 bilhões nos primeiros seis meses do ano.

Apesar da desaceleração nas vendas de músicas nos EUA, a Apple informou nesta semana que as vendas globais do iTunes — incluindo filmes, apps e livros — aumentou de US$ 4,3 bilhões, um ano atrás, para US$ 4,6 bilhões neste ano.

A queda no número de downloads de músicas ajuda a entender por que a Apple comprou a Beats Electronics, dona do serviço de música por assinatura Beats Music, por US$ 3,2 bilhões, em maio deste ano. Agora, a fabricante do iPhone e do iPod está reestruturando o serviço e planeja relançá-lo no ano que vem como parte do iTunes, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto adiantou ao The Wall Street Journal.

Alguns executivos de gravadoras estão preocupados com a volta do declínio, depois de vários anos de relativa estabilidade. Para eles, uma parte importante dessa equação é convencer os consumidoes de serviços de música online a pagar uma assinatura mensal por serviços de streaming, em torno de US$ 10 por mês, em vez da oferta de faixas gratuitas patrocinadas por publicidade e que geram muito menos receita para as gravadoras. Spotify AB oferece uma opção grátis, com suporte de propaganda; a Beats Music, não.

Na avaliação do analista da Nielsen Entertainment, Dave Bakula, as quedas se devem principalmente a "uma mudança na forma como os consumidores estão consumindo música", e um sintoma disso, segundo ele, é que serviços de streaming como do Spotify e da Pandora Media cresceram 46% no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os serviços de streaming agora respondem por quase um terço da receita das gravadoras nos EUA, de acordo com a RIAA.

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