Brasil solicitou dados pessoais de 1,5 mil usuários do Google

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O mais recente relatório sobre transparência do Google informa que as autoridades brasileiras enviaram 1.085 solicitações de dados pessoais de usuários dos serviços do site de buscas no segundo semestre de 2013. A empresa publicou um relatório separado em fevereiro desde ano sobre os pedidos feitos durante as investigações envolvendo segurança nacional pelos Estados Unidos.

O relatório, divulgado nesta quinta-feira, 27, lista o número de solicitações de cada país, o número de contas de usuários correspondentes e o percentual de pedidos atendidos pelo Google. Os EUA foram o país com mais pedidos desse tipo no segundo semestre.

De acordo com o site de buscas, os pedidos do governo dos EUA para obter informações sobre usuários de seus serviços aumentaram cerca de 120%, desde que começou a publicar os números de solicitações em 2009. De julho a dezembro do ano passado, as autoridades americanas fizeram 10.574 pedidos de informações, de 18.254 contas de usuários. A França foi o segundo país com mais requisições, que totalizaram 2.750, de 3.378 contas.

Além dos EUA e França, os países que mais bisbilhotaram a vida dos usuários do Google no semestre são Alemanha, Índia, Reino Unido e Brasil. A Alemanha fez 2.660 pedidos de informação, de 3.255 contas; a Índia fez 2.513 pedidos ou informações sobre 4.401 contas; o Reino Unido fez 1.397 pedidos de informação sobre contas de 3.142; e o Brasil fez 1.085 solicitações, de 1.471 contas de usuários.

"Embora nós reconheçamos o quão importante é a transparência quando se trata de pedidos do governo, os eventos do ano passado revelaram o quanto a questão é urgente", escreveu em um blogpost Richard Salgado, diretor da aplicação da lei e segurança da informação, segundo o The Guardian. E acrescentou: "Apesar do nosso número de usuários ter crescido ao longo do período, também estamos vendo mais e mais governos começarem a exercer sua autoridade para fazer solicitações".

O Google, Facebook, Microsoft, Yahoo e outras empresas de internet têm pressionado o governo dos EUA para uma maior transparência, após as revelações feitas pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA, Edward Snowden, que vazou documento sigilosos à imprensa.

Recentemente, os EUA permitiram que gigantes de tecnologia divulgassem o número de solicitações envolvendo segurança nacional que recebem. Os pedidos são usados ??para obter informações sobre assinantes de operadoras de telefonia e usuários de internet e as empresas já haviam sido impedidas de revelar quaisquer detalhes sobre essas requisições.

Na semana passada, em reunião com Barack Obama na Casa Branca, executivos de empresas de internet e tecnologia ouviram a proposta do presidente dos EUA para reformar dos programas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). No entanto, os executivos querem mais reformas e pressionam por limites mais claros sobre as informações que as autoridades dos EUA podem coletar, além de mais supervisão e responsabilidade.

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