Computador ainda é o meio mais usado para acessar a internet no país, indica Pnad

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O microcomputador é o meio mais utilizado pelos brasileiros para acessar a internet, seguido do telefone celular e o tablet, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quarta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que, na média do país, 88,4% dos domicílios com acesso à internet em 2013 utilizaram o PC, mas a conexão via telefone celular estava presente em 53,6% das residências, enquanto o tablet, em 17,2% delas.

A exceção ficou com a região Norte, onde devido as dificuldades de acesso e a infraestrutura menos desenvolvida o celular foi o dispositivo mais usado para se conectar à rede mundial. Segundo o estudo, 75,4% dos domicílios da região utilizaram o celular para acessar a internet, sendo que o número daquelas que se conectaram via banda larga móvel foi  de 73,5%.

Nas demais regiões, a conexão pela rede fixa ultrapassou a móvel. No Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, a rede móvel era superior a 80%, enquanto em Rondônia, no Distrito Federal, Santa Catarina, São Paulo e Paraná, a rede fixa atingia esse patamar. Rondônia foi o estado que apresentou o maior percentual de acesso exclusivo via microcomputador (61,1%), enquanto que Santa Catarina teve a menor proporção de acesso exclusivo através de celular ou tablet (5%) — veja gráfico abaixo.

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Quando se considera a utilização da rede mundial por meio de microcomputador, o contingente de pessoas foi de 78,3 milhões. Em 2013, 7,2 milhões de pessoas (4,1%) acessaram a internet apenas por meio de outros dispositivos, sendo que na região Norte, esse percentual foi de 8,7% (1,2 milhão de pessoas) — veja gráfico abaixo.

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Os sem-internet

O número de brasileiros com dez anos ou mais de idade que se conectaram à internet em 2013 foi de 85,6 milhões de pessoas (49,4%) e a quantidade de domicílios que possuíam acesso à rede mundial era de 31,2 milhões, aponta a Pnad. Os dados significam que mais da metade da população do país (50,6%) não havia utilizado internet nem uma vez nos últimos 90 dias que antecederam o dia da entrevista.

O levantamento constatou que a proporção de pessoas que utilizavam a internet é crescente conforme a classe de rendimento domiciliar per capita, indo de 23,9% na classe dos sem rendimento a um quarto do salário mínimo até 89,9% na classe de mais de dez salários mínimos. A partir da classe um a dois salários mínimos per capita, os percentuais foram acima de 50%.

A análise por distribuição etária mostrou que, em 2013, a utilização da internet ainda é mais frequente dentre os mais jovens: a maior proporção foi alcançada pelo grupo de 15 a 17 anos (75,7%). Mas em todos os grupos compreendidos na faixa de 10 a 39 anos de idade, o uso da rede ultrapassou 50%. Os percentuais decresceram com o aumento da idade, sendo que a menor proporção foi observada entre as pessoas de 60 anos ou mais de idade (12,6%). Já a observação por sexo mostrou que não havia diferença significativa na utilização da Internet por homens (49,3%) e mulheres (49,5%).

Já a análise por situação de ocupação revelou que mais da metade (53,8%) dos ocupados utilizavam a rede mundial, enquanto entre os não ocupados a proporção foi de 43,9%. Segundo os grupamentos ocupacionais, os profissionais das ciências e das artes apresentaram o maior percentual de utilização (91,3%). Pelos grupamentos de atividade, os ocupados em atividades agrícolas (11,4%), serviços domésticos (28,3%) e construção (34,6%) foram os que menos utilizaram a internet.

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