Plataforma de e-commerce de energia negocia R$ 45 milhões em contratos no primeiro trimestre

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Apesar de não contar com mais que meia dúzia de empresas no Brasil, o comércio eletrônico de energia no mercado livre de eletricidade continua em franca expansão. A prova disso é que somente uma delas, a BBCE, plataforma eletrônica de negociação de contratos de energia, negociou 450 contratos, no valor de R$ 45 milhões, no primeiro trimestre deste ano. E a expectativa da empresa é encerrar o ano com um volume total de R$ 200 milhões.

Durante os meses de janeiro, fevereiro e março, a BBCE registrou 4.666 ofertas na sua plataforma, com a negociação de 700 mil MWh, sendo que cerca de 6% dos contratos fechados no período foram por meio do balcão de energia incentivada, seja de biomassa ou eólica.

Hoje, a única concorrente direta da BBCE é a Brix, criada em 2010 por iniciativa da bolsa de futuros norte-americana ICE e de investidores individuais, e que tinha como um dos sócios o empresário Eike Batista, que deixou o negócio após a derrocada de sua holding EBX. As outras plataformas eletrônicas de negociação de contratos de energia no Brasil são a Replace, Paradigma, Suati e ENbox. A diferença entre elas é que enquanto estas últimas atuam com leilão sob demanda, as duas primeiras operam com leilão contínuo, funcionando como uma espécie de bolsa de valores de energia, com pregão diário.

"Além disso, no caso da BBCE, trabalhamos com contratos de um mês até no máximo um ano, enquanto as demais atuam com contratos acima de dois anos", explica o presidente da BBCE, Victor Kodja. O executivo diz que hoje 85% dos contratos de energia são acima de dois anos, o que perfaz um mercado total de cerca de 14 mil MW/mês. Ele calcula que o mercado livre de eletricidade movimenta hoje cerca de R$ 30 bilhões. Mas observa que já foi bem maior: "Em 2014, por exemplo, foram comercializados R$ 1,4 bilhão".

Kodja explica que dos participantes da plataforma BBCE, 60% são comercializadores de energia, que funcionam como uma espécie de corretora de valores, 26% são geradores (usinas hidrelétricas, eólicas e solar), 4% consumidores e 10% de outros tipos, como o mercado financeiro. Ele ressalta, ainda, que atualmente, 47% do volume de negócios da plataforma são realizados por usuários que não fazem parte do quadro de acionistas.

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