Apesar da queda no acesso ao Facebook, analistas elevam preço-alvo das ações do site

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Embora executivos do Facebook tenham declarado, durante conferência com investidores e analistas para discutir os resultados do terceiro trimestre, que não pretendem aumentar o número de anúncios que aparece com as postagens do usuário, além de terem admitido que os adolescentes mais jovens não estão acessando o site tanto quanto o faziam, alguns analistas avaliam que, a despeito dessas duas informações negativas, que o momento é uma grande oportunidade para comprar ações da rede social.

Dois deles, particularmente, Douglas Anmuth, do JP Morgan, e Ken Sena, da Evercore, disseram ao site Business Insider que estão mais otimistas agora do que antes da divulgação dos resultados do Facebook. Ken disse, inclusive, que elevou o preço-alvo dos papéis da empresa de US$ 60 para US$ 65 a ação devido ao "potencial de crescimento contínuo e engajamento dos usuários, bem como dos novos formatos de anúncios, além do preço das ações no momento". "Isso, para não mencionar a capacidade de monetização do Instagram e das incursões da empresa nas áreas de vídeo e de CRM", completou.

Anmuth, que também elevou o preço-alvo das ações da empresa, disse não estar preocupado com a redução do uso do serviço entre jovens americanos. "Achamos que o uso diário menor está limitado a uma pequena parcela de adolescentes mais jovens, provavelmente de idades entre 13 e 15 anos, que podem estar usando outros serviços da rede social, tais como o Instagram, Snapchat ou Whats App. Acreditamos que Facebook continua a investir na melhoria de seus produtos de mensagens, o que pode resolver algumas preocupações a respeito do declínio do engajamento dos adolescentes ao longo do tempo".

O analista do JP Morgan disse que Facebook é inteligente para não encher o feed de notícias com mais anúncios. Segundo Anmuth, as receitas com publicidade móvel cresceram 34% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, apesar do aumento relativamente modesto no número de anúncios. "A melhoria na qualidade dos anúncios podem continuar a conduzir forte crescimento da receita daqui para a frente."

Do mesmo modo que Ken, ele argumenta que a resposta para ambas as preocupações — fuga de adolescentes e carga do anúncios — é o Instagram. "É um dos aplicativos que deixaram os usuários longe do Facebook, e a empresa não começou a colocar os anúncios nele ainda. Mas deve fazer isso em breve."

Na quarta-feira, 30, após comentários do diretor financeiro, David Ebersman, as ações do Facebook recuaram 0,78% no pregão tradicional da Nasdaq, embora tenham registrado alta expressiva, de mais de 10%, no after-hours trading, negociação após o fechamento da bolsa eletrônica. Nesta quinta-feira, 31, porém, os papéis tiveram elevação nos dois pregões. No tradicional, o aumento das ações foi de 2,29%, cotadas a US$ 50,13 cada, enquanto que no after-hours trading a elevação foi um pouco maior, de 2,49%, negociadas a US$ 50,23.

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