Cresce mercado de seguro contra violação de dados

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A Alper Consultoria em Seguros prevê que nos próximos dois anos haverá um grande aumento no número de apólices de seguros contra violação de dados, principalmente com a proximidade da Lei de Proteção de Dados, que está prevista para entrar em vigor em 2020 e traz diversas obrigações legais para as empresas.

Apesar de o Brasil ser o 6° país que mais sofre ataques contra dados no mundo, Fernando Cirelli, superintendente de linhas financeiras da Alper, afirma que no País há apenas cerca de 200 apólices emitidas de seguro para proteção contra violação de dados.

"A quantidade é muito baixa, principalmente, porque ainda não havia uma legislação específica sobre o assunto. Já no exterior essa modalidade de seguro é bastante comum, porque já tem uma legislação mais madura tratando sobre o tema", afirma Cirelli.

Segundo o executivo, apesar da legislação estar prevista para entrar em vigor apenas em 2020 no Brasil, o risco já existe para as empresas e as incidências são enormes. "Violações acontecem todos os dias, a questão é saber o tamanho dessa violação e o prejuízo, a depender do setor de atuação da empresa em que os dados foram violados", diz o gerente.

O seguro contra violação de dados protege a própria empresa e terceiros (clientes, fornecedores, empregados etc). A apólice vai cobrir prejuízos cada vez mais recorrentes hoje nas empresas, como: custas judiciais, advogados, indenizações, notificações a clientes, lucros cessantes, gastos com investigações forenses, sanções feitas pelo Ministério Público e ações por danos morais coletivos e, até, multas impostas por agências reguladoras.

Vale lembrar que a Alper negociou ajustes com uma seguradora e emitiu há pouco tempo a primeira apólice que prevê cobertura contra essas multas. "Mesmo sem a Lei ainda em vigor, que prevê as multas, hoje as empresas estão sujeitas a riscos que podem acarretar no arrolamento de processos, que podem levar longos meses e talvez anos, podendo envolver a aplicação de multas, e os valores podem chegar a R$ 50 milhões", afirma Cirelli.

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