Recuperação de desastres: questão que ainda intriga muitas empresas e exige medidas urgentes

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Cada vez mais empresas do mundo todo se preocupam em montar um plano efetivo para recuperação de desastres. No Brasil, não é diferente. Apesar de não sermos fortemente impactados por furacões, terremotos e tempestades de neve, como em outros países, nossas empresas não estão livres de perder tudo em incêndios, enchentes, desabamentos e, principalmente, ataques virtuais de origem externa ou interna. Em face desse risco, não é raro saber de empresas que tiveram seus negócios paralisados por vários dias por não ter um plano de contingência.

A continuidade dos negócios é tão essencial ao êxito das empresas que já não pode ser uma responsabilidade exclusiva do departamento de TI. Podendo perder tempo, dinheiro e credibilidade devido a períodos de interrupção dos negócios, muitas empresas têm recorrido a serviços estratégicos de continuidade. Principalmente aquelas que têm grande parte do negócio baseada na web e dependem de um serviço disponível no sistema 24x7x365. Adotar programas de gestão de continuidade e de recuperação em nível global passa a ser questão de vida ou morte para esse tipo de empresa.

Um dos recursos mais importantes como parte da estratégia de recuperação de desastres são os serviços em nuvem. Ao invés de se apoiar num software local, os recursos disponíveis no computador contam com respaldo de um programa instalado em algum lugar na internet, num servidor por sua vez instalado em um data center gerenciado por especialistas em tecnologia. Serviços em nuvem, ou cloud computing, são um modelo de negócio em que o cliente tem acesso a uma variedade de serviços, aplicações e soluções garantidos pelo provedor. A estratégia é permitir que se tenha acesso aos dados da empresa de forma remota. Essa possibilidade vem se fazendo presente cada dia mais e certamente está revolucionando não só os negócios, mas o próprio ambiente de trabalho.

Uma das principais qualidades da configuração em nuvem é permitir upgrades de maneira rápida, fácil e sem interrupções. Além disso, o comprometimento de determinada infraestrutura não chega a afetar o conjunto, já que é possível passar a acessar os dados recorrendo a outra plataforma.A recuperação de desastres baseada em cloud permite às empresas baixar custos operacionais em contratos mais flexíveis. Com isso, mais e mais empresas que antes não conseguiam fazer investimentos de grande monta na prevenção desse tipo de problema agora se sentem encorajadas a tomar essa atitude preventiva tão assertiva.

Tambe merece atenção a replicação do banco de dados. Trata-se de uma cópia eletrônica de dados de um local para outro, permitindo que todos os usuários compartilhem o mesmo nível de informação. Um sistema de banco de dados distribuído, por exemplo, garante que alterações, adições e exclusões envolvendo dados em qualquer local sejam automaticamente replicadas em todos os outros locais, permitindo que cada usuário tenha acesso a dados consistentes. Além dessa importante vantagem, o serviço permite analisar o ambiente do cliente e definir, de acordo com a metodologia de melhores práticas, uma solução de arquitetura robusta, confiável, performática, escalável e de alta disponibilidade, a fim de adequar as necessidades de negócios do cliente da melhor forma possível.

Mais um recurso, ainda, tem tornado a recuperação de desastres mais fácil: a virtualização do servidor – que representa um relevante ganho de flexibilidade. A virtualização vem se provando a grande tendência das empresas nos últimos anos. Equipamentos físicos passam a se comportar como software e a permitir acesso remoto a pastas, programas, e-mails etc. Um relevante corte de custos e o redirecionamento de recursos humanos para o core business da empresa somam-se às vantagens. A virtualização permite às empresas visualizar todo o centro de informações que, por sua vez, podem ser rapidamente ativadas parcial ou totalmente quando necessário. Com isso, o que poderia levar dias para ser recuperado pode ser feito em questão de horas nos casos mais críticos.

Adriano Filadoro, diretor de tecnologia da empresa Online Data Center

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