Lei Anticorrupção: muito além da obrigatoriedade

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Prevista para entrar em vigor ainda no início de 2014, a lei 12.846/2013 – mais conhecida como Lei Anticorrupção Empresarial – está mexendo com o mercado corporativo brasileiro. Isso porque, a partir da sua promulgação, as empresas poderão ser consideradas coautoras e responsabilizadas nos âmbitos administrativo e civil por atos ilícitos, como corrupção de servidores, financiamento de crimes, uso de laranjas para obter benefícios ou fraudar licitações, pagamento de propinas, entre outros.

Com isso, as companhias precisam se preocupar em estabelecer rigorosos sistemas preventivos – que imprimam transparência em suas operações do dia a dia – por meio de processos definidos e monitoramento constante e em tempo real das atividades, aprimorando assim a gestão e a governança corporativa. É importante também ressaltar que essas premissas são válidas para todas as empresas brasileiras e não só para aquelas que possuem papéis negociados na bolsa.

Em um primeiro momento, todas essas exigências podem assustar, mas a adequação não precisa ser algo traumático. A tecnologia está aí, com soluções aderentes a todas as corporações, independentemente de perfil, mercado de atuação ou porte, pronta para suportar o mercado nesse importante passo contra a corrupção.

Além da preocupação com a corrupção, outro ponto a ser ressaltado é que as mudanças impulsionadas pela nova lei trarão outros inúmeros benefícios para as organizações, que, ao implementarem regras mais claras, políticas adequadas e operações mais transparentes, passarão a ser mais confiáveis e com menos pontos passíveis de negligência.

Uma das formas mais eficazes de uma empresa conseguir esse resultado é investindo em processos automatizados. Um projeto eficiente de automação de processos atua em duas vertentes: extraindo, avaliando e organizando os dados já existentes, mapeando e documentando as operações – de ponta a ponta – e instaurando uma disciplina com tecnologias que permitam a construção de uma camada forte de compliance e governança, relacionando eventos e suportando a tomada de decisão de forma rápida e assertiva, tornando assim a empresa mais produtiva e eficiente.

Porém, um projeto com esse perfil vai além da necessidade de adequar uma corporação aos requisitos legais. Quando uma empresa decide ter todos os seus processos automatizados, documentados e monitorados continuamente, ela consegue alinhar totalmente as áreas de TI e estratégica. Isso faz com que a companhia passe a operar em outro patamar, tornando-se cada vez mais uma empresa digital, ou seja, maximizando o uso da TI nos seus negócios, conseguindo, dessa forma, ter acesso e tratar a grande quantidade de dados gerados diariamente de forma rápida e eficiente, identificando comportamentos e permitindo a eliminação rápida de possíveis gaps.

A lei será vigente e as empresas não terão como escapar. Mas, tão importante quanto melhorar os índices de controle para preservar o valor da empresa, considerando faturamento, investimentos e acionistas, está o benefício da manutenção de uma operação transparente, livre de fraudes e com uma estrutura que permita o máximo aproveitamento do cenário tecnológico atual. Empresas modernas e digitais possuem áreas totalmente integradas e que funcionam como uma verdadeira engrenagem, pois já adquiriram a consciência de que não há negócios sem TI, da mesma forma que não há TI sem negócios.

Fernando Menchini, gerente de soluções da Software AG

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