IA na segurança: para funcionar, solução não pode ser um "produto de prateleira"

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Com um potencial ainda difícil de avaliar, a inteligência artificial – que vai do chatbot a filmes de ficção científica – ganha consciência. Apesar de tão atual, até mesmo entre os especialistas em TI, a discussão sobre o tema ainda precisa evoluir, de acordo com Thiago Bordini, diretor de Inteligência Cibernética e Pesquisa da New Space. Para ele, as discussões estão no patamar inicial e não se discute a evolução no uso de algoritmos.

Falando durante o painel sobre IA na segurança das informações, realizado nesta terça-feira, 12, no CIAB FEBRABAN, Bordini explicou que a tecnologia precisa ser alinhada ao negócio para que se desenvolva plenamente. Segundo ele, se fosse implantado um modelo pré-preparado, como se fosse uma solução de prateleira, ela atrapalharia o negócio já que não seria desenvolvida a partir das regras da corporação que vai usá-la. "A IA deve ser adestrada como um animal de estimação", disse.

Mas a forma como ela vai ser desenvolvida vai se transformar em sua utilidade. Conforme disse Bordini, a inteligência artificial precisa ser adestrada, mas só o desenvolvedor que vai decidir se ela vai agir como um pitbull ou um poodle. Tmbém é uma arma na mão de hackers, lembrou Gary Meshell, líder para área de serviços financeiros da IBM Security. "Cibercriminosos a utilizam para identificar bancos e pessoas desprotegidas, por exemplo."

Por outro lado, todos os antivírus utilizam a tecnologia de alguma forma, principalmente na análise de malware e phishing, afirmou Bordini. Sem ela, não teria outro jeito de analisar cerca de 2 milhões de malwares e 6 milhões de phishings desenvolvidos por dia, segundo dados do site Virus Total, e desenvolver vacinas a tempo de conter infecções em massa.

Já Meshell destacou o uso da tecnologia num contexto maior de cibersegurança. Em um cenário onde as empresas usam, em média, 85 ferramentas de segurança de 25 fornecedores diferentes, a complexidade de gerenciamento se torna uma complexidade. Para ele, é necessário tratar a rede como um sistema imunológico, onde detectores de fraude; de identidade e acesso; dados de apps; mobile; segurança de endpoint; etc; atuam em conjunto para garantir a saúde do ambiente. "A IA surge como a orquestradora de todas essas soluções", explicou.

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