Oriunda da recente fusão entre a Direct Talk e a Seekr feita nesse segundo semestre, a Hi Platform amplia o número de operações, contabilizando 700 empresas como Netshoes, Porto Seguro, Sky, Natura e FastShop, como também em variedade de portfólio. Hoje, já administra operações de 70 chatbots, que somam 10 milhões de contatos por mês.
Sendo a primeira empresa brasileira a comercializar chatbot, em 2012, a Direct Talk está presente no mercado brasileiro há 16 anos. Já Seekr, com seis anos de atuação, é reconhecida como uma das startups mais inovadoras do Brasil, atendendo as principais marcas do mercado nas mídias sociais.
Planos
A fusão entre as duas empresas, que contou com aporte do Fundo CVentures, tornou os planos mais ambiciosos, entre os quais de quadruplicar o faturamento nos próximos quatro anos, saltando dos atuais R$ 25 milhões para R$ 100 milhões.
A partir de 2018, também será iniciado o processo de internacionalização – o próprio nome Hi Platform foi escolhido tendo em vista a expansão para países da América Latina, Europa e América do Norte. Uma nova rodada de investimentos será aberta para acelerar o crescimento da empresa. "Temos um produto forte, com um motor próprio de processamento de linguagem natural que opera em três línguas – português, espanhol e inglês – que vai nos abrir muitas portas", conta Marcelo Pugliesi, CEO da Hi Platform.
A movimentação vai ao encontro da demanda latente do mercado de atendimento ao consumidor no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Inteligência Padrão, analisou os canais de comunicação com o consumidor de 173 grandes empresas nacionais. O estudo apontou que, apesar de o chat online estar em 60% dos sites das companhias consultadas, este é o canal mais eficiente para resolução de dúvidas e reclamações, com cerca de 90% de eficiência, enquanto o telefone solucionou 79,2% dos casos.
Fatia do mercado de bots
Com um leque de produtos diferentes, a Hi Platform desenvolve tecnologia para todos os perfis e tamanhos de empresas. Entre os produtos está o chatbot, cuja participação no crescimento da companhia deve saltar dos atuais 25% para algo entre 35% e 40%, em 2018. Os bots, aliás, vão puxar um crescimento projetado de 35% na receita total da companhia no ano que vem", prevê Pugliesi.
O executivo explica que a Hi opera em dois tipos de bots: de atendimento, para desafogar o SAC tradicional por telefone e chat humano; e vendas. O bot de vendas, segundo ele, apresenta uma demanda crescente, por conta do interesse do segmento de e-commerce. "O bot é hoje um concierge do consumidor, por ser ativo a pré-venda e no pós-venda, que trabalha 24 horas ininterruptas", destaca Pugliesi. "O mercado local de bots está sendo ampliado, saindo da fase dos early adopters e entrando na fase da massificação para pequenas e médias empresa também", analisa o executivo que vem que batendo recortes em novos contratos da tecnologia, incluindo de bots pré-programados para pequenas e médias empresas.