em elaborar checklists, com indicação dos cuidados fundamentais aos pacientes graves. Haverá também um espaço no prontuário para registrar as metas de cuidado para o dia.
Em setembro terá início um estudo sobre mortalidade e complicações em unidades de terapia intensiva (UTI), denominado Checklist-ICU, que tem como objetivo aperfeiçoar o atendimento aos pacientes.
Trata-se de uma iniciativa do HCor, por meio de seu Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), em parceria com o Hospital Samaritano e o Instituo D'Or de Pesquisa e Ensino (Idor).
O estudo será desenvolvido em 152 UTIs brasileiras. A ideia consiste em elaborar checklists, com indicação dos cuidados fundamentais aos pacientes graves. Haverá também um espaço no prontuário para registrar as metas de cuidado para o dia.
O procedimento deve ser aplicado a todos os pacientes pelos profissionais que participam da visita multiprofissional, que pode envolver médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos.
O checklist deve ficar junto ao prontuário do paciente, indicando a necessidade dele para aquele dia ou momento. A expectativa é melhorar o atendimento e aumentar a segurança do paciente, afirma Alexandre Biasi Cavalcanti, coordenador de atividades de pesquisa do HCor e responsável pelo estudo.
"Estudos demonstram que apenas 5% da equipe conseguem compreender as metas de atendimento. Nosso objetivo com o checklist é elevar o índice para 95%", diz.
O estudo é composto por duas fases de seis meses cada. Na primeira, as 152 UTIs irão acompanhar 60 pacientes, admitidos consecutivamente, e informar os índices de mortalidade, de pneumonia por ventilação mecânica e de incidência de infecções da corrente sanguínea.
Já no segundo momento, as UTIs serão separadas em dois grupos, em processo randomizado. Um deles receberá treinamento e adotará o processo do checklist. As outras unidades formarão o grupo de controle.
"Em cada UTI, mais 60 pacientes admitidos consecutivamente serão avaliados. O importante nesse momento é que para cada paciente serão determinadas metas diárias de assistência", esclarece Biasi.
O estudo é financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mediante aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi) do SUS.
Além disso, recebe o apoio da Rede de Pesquisa da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB-Net), Brazilian Research in Intensive Care Network (BRICNet) e do Instituto Latino Americano para Estudo da Sepse (Ilas).