Mulheres em TI: uma exceção, só que não

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Um estudo recente da CompTIA (2014) indica que, mesmo com a maioria masculina no mercado, ocupando 76% dos cargos de tecnologia, a quantidade de mulheres que se sentem realizadas, reconhecidas e satisfeitas com suas remunerações é superior à dos homens (79% a 70%, 71% a 61% e 71% a 60%, respectivamente). Além disso, 73% das mulheres acreditam que usam suas habilidades e talentos no trabalho, contra 65% dos homens.

No entanto, as mulheres sofrem muitas dificuldades e impedimentos na área. Quantos processos seletivos recusam mulheres com filhos? Quantas insinuações preconceituosas já não ouvimos trabalhando? Acredito que exemplos como Ginni Rometty, CEO da IBM, não ligaram muito para isso; pelo contrário. As mulheres que escolhem trabalhar nesse mercado se comprometem, e pra valer.

E esse fato é histórico. Desde o início da computação, mulheres como Ada King, considerada a primeira programadora da história, estiveram presentes e estimulam profissionais de todo o mundo a estudar e a se profissionalizar nessa área. Grace Hoper, conhecida como criadora da expressão bug após encontrar um inseto dentro de um computador, também é um exemplo — dentre outras inspirações.

Como em qualquer outra área, as mulheres devem escolher e lutar pelos objetivos que desejarem. Os exemplos de ontem são os de hoje e os exemplos de hoje serão os de amanhã, o que vai tornar a presença das mulheres no segmento de TI cada vez mais irreversível. Questionamentos relacionados à falta de mulheres no mercado de tecnologia serão cada vez mais inadequados e sem sentido. O certo a se questionar é: por que ainda existem pessoas que fazem algum tipo de distinção em relação a isso? A tecnologia está avançando, que tal realizarmos um upgrade também?

Jéssica Estillac, analista de Infraestrutura da DBACorp.

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