Como diminuir a eterna pressão do CEO e CFOs sobre o time de TI?

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Desde que nasceu, a área de TI tenta de todas as formas acalmar os ânimos do CEO e do CFO, e desde que as empresas foram criadas os executivos pressionam não somente a área de TI, mas todos os departamentos para aumentar as receitas e reduzir as despesas.

Diversas ondas e modas chegaram e passaram tentando encontrar uma maneira de melhorar a comunicação e trazer paz entre TI e os responsáveis pelos resultados da empresa, o fato é que na maioria das vezes fracassaram.

Os diagnósticos apontam que a área de TI insiste em pecar pelo preciosismo e a alta administração pelos números, falam línguas e possuem entendimentos diferentes, tornando na maioria das vezes impossível um entendimento, TI busca a perfeição e não entendem que o CFO e o CEO estão colocando seu pescoço a prêmio em função dos resultados da organização.

A TI Bimodal vem demonstrando que é possível melhorar a comunicação entre eles, não existe milagre ou promessa de resolver todo problema de comunicação, mas acredita-se que analisando sob a óticas financeira diferentes cada demanda de TI facilite o entendimento e a comunicação.

Dividindo-se a TI em partes e analisando suas necessidades fica mais fácil entender que na operação, ou seja, área responsável pela geração das receitas recorrentes, que seu orçamento será balizado na redução de despesas através do aumento de produtividade, os investimentos serão dedicados para a atualizações tecnológica objetivando manter a lucratividade e a posição que a empresa possui no mercado.

Simplificando os objetivos facilita muito a comunicação entre a alta administração e os responsáveis por gerir o dia a dia da operação, ambos conseguem entender facilmente o que esperar e o que fazer para se obter os resultados.

Além da operação as empresas possuem duas áreas bem distintas dentro de TI e ambas com um nível de complexidade relevante para convergência de entendimento entre seus gestores e a alta administração, a primeira trata de projetos onde seus objetivos financeiros são bem definidos, o que a empresa espera reduzir de despesas, padronização de processos e tecnologia e redução de desperdício, entre outros.

O problema é conseguir cumprir os limites de custos, prazos e principalmente escopo, a aferição do sucesso será sempre pela redução do custo operacional e do aumento da lucratividade, isso não quer dizer que a comunicação será resolvida, porque não é raro a área de TI pleitear mais tempo e mais recursos para conseguir entregar mais do que foi solicitado, da mesma maneira ainda permanece a constante ansiedade dos executivos em querer mais com menos.

A última área que a TI foi dividida e nela se deposita as maiores expectativas, tanto para atender a área de negócio, quanto garantir o futuro da empresa é a que trata de projetos onde seu controle e expectativa de retorno não são totalmente mensuráveis, a empresa busca com esses projetos um novo produto ou serviço que irá aumentar suas receitas, ganhar mercado ou se manter viva a longo prazo.

A comunicação entre os gestores para projetos desse tipo talvez seja a mais difícil, porque ela requer uma visão financeira dos investimentos, e também uma visão não financeira do mercado, dos seus concorrentes e do que esperar do novo produto, administrar a urgência dos executivos e os devaneios dos gestores de TI passa a ser o grande desafio, técnicas como a adoção de ciclos mais curtos de projetos e mais gerenciáveis nos seus entregáveis, uma visão do portfólio de todos os projetos, tem ajudado a melhorar esses problemas.

A melhora da comunicação entre as áreas tem se mostrado o grande triunfo da TI Bimodal, e seus resultados são sentidos nos balanços e no clima organizacional para as empresas que estão adotando essa prática.

Alberto Parada, co-fundador do Descomplicado Carreiras (Sistema de orientação de carreira), Colunista e Palestrante especializado em carreiras, atua há mais de 25 anos como executivo no mercado de tecnologia em empresas como: Sênior, IBM, Capgemini, Fidelity, Banespa, e mais de 12 anos como Professor Universitário no Lassu-USP FAAP e FIAP. Formação em administração de empresas e análise de sistemas, com especialização em gerenciamento de projetos e mestrando em Gestão de Negócios pela FIA, voluntário no HEFC hospital de retaguarda para portadores de Câncer.

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