A Mercador, empresa do grupo Telefônica especializada na implementação de projetos de integração e automação do gerenciamento da cadeia de suprimentos, encerrou 2006 com um crescimento de 66% em seu faturamento sobre 2005, um aumento 20% superior ao previsto, embora não tenha divulgado o valor.
O resultado, segundo a empresa, reflete o bom desempenho do mercado de B2B, que, segundo a Associação Brasileira de e-Business, deve ter movimentado no ano passado R$ 314 bilhões em compras eletrônicas, enquanto o mundo todo transacionou mais de US$ 5 trilhões. Isso significa um crescimento de 38% em relação a 2005 no mercado local.
No ano passado, a companhia movimentou R$ 7,2 bilhões por sua plataforma, por onde trafegam, mensalmente, mais de 2,5 milhões de documentos, o equivalente a 83 mil arquivos por dia. ?Atualmente, o portal Mercador registra diariamente mais de 10 mil acessos, um índice alto considerando que é um B2B [comércio entre empresas] e não B2C [comércio entre empresa e o consumidor]?, observa Valêncio Garcia, diretor comercial da Telefônica-Mercador. Ele avalia que o resultado reflete a maturidade do mercado, que passou a entender mais as soluções de supply chain management e seus benefícios.
A empresa encerrou 2006 com 192 grandes clientes (das 1.500 maiores empresas do país) e estima aumentar o número para 235 empresas neste ano. A estratégia para alcançar essa meta será divulgar o projeto de nota fiscal eletrônica (NF-e), de olho no mercado financeiro. ?Além disso, queremos aumentar as vendas da solução de reposição inteligente, que já conta com o Grupo Pão de Açúcar como usuário para melhorar a gestão de seus estoques para os produtos de marca própria?, destaca Garcia.
O executivo afirma que a Telefônica-Mercador mantém o foco em segmentos como indústria, mercantil, logística e financeiro. Em sua análise, a indústria já amadureceu porque passou por uma década de investimentos em tecnologia e agora é a vez das camadas que atuam diretamente com este setor dentro da cadeia de suprimentos: mercantil e logística. Este último, desde o ano passado investiu fortemente em infra-estrutura.