A Apple divulgou no fim de semana que alguns de seus fornecedores nos vários países em que atua praticaram diversas violações das leis de trabalho. Sem citar os países e as empresas, a fabricante americana disse, com base em auditoria própria divulgada em documento oficial, que no ano passado foram descobertas 17 violações trabalhistas, incluindo três fábricas que contrataram adolescentes com idades menores do que a permitida em lei.
De acordo com o documento, 11 jovens de 15 anos foram contratados em países em que a lei só permite que jovens acima de 16 anos exerçam algum tipo de profissão. No entanto, na época da auditoria todos eles já tinham idade para trabalhar. A Apple instalou comissões de investigação nas três operações para avaliar os contratos de todos os funcionários, em busca de irregularidades.
Também foram descobertas oito fábricas que subornaram agências de recrutamento locais para poder ultrapassar os limites estabelecidos para o número de funcionários estrangeiros, além de três casos de compra de fornecedores cujo descarte de lixo tóxico não foi aprovado e três fábricas que apresentaram documentos falsos durante a auditoria.
Sobre os trabalhadores estrangeiros, a empresa declarou que já pagou US$ 2,2 milhões em indenizações aos empregados ilegais e se comprometeu a investigar cada um dos outros casos de acordo com métodos mais criteriosos.
O documento divulgado anualmente pela Apple investiga as operações de todos os seus fornecedores e parceiros ao redor do mundo, apurando informações relacionadas 133 mil pessoas.
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