Com 86% dos votos favoráveis de todos os países que participaram do processo de análise de estudos técnicos, o padrão Ecma Office Open XML, desenvolvido pela Microsoft, obteve certificação internacional da Organização Internacional de Padronização (ISO) e da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC).
De acordo com informações divulgadas pela Microsoft Brasil, nesta terça-feira, 1/4, baseada em documentos disponíveis na internet, após mais de 14 meses de intensa discussão, a proposta do padrão Open XMNL recebeu apoio da maioria dos países que fazem parte da ISO.
No Brasil, no entanto, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) votou contra a adoção do Open XML como padrão para formato de documentos, além do já aprovado ODF (Open Document Format), segundo informação divulgada na quinta-feira, 27/3.
Segundo as regras da entidade internacional de padronização, para se obter uma certificação internacional é necessário ter 75% dos votos. Adicionalmente, os participantes dos organismos internacionais, conhecidos como membros-P, também apoiaram o Padrão Open XML.
Nesse caso houve uma votação superior com 75% dos votos, sendo que bastavam 66,7% para garantir a aprovação. Agora, o Open XML passa a fazer parte dos padrões de formato de documentos abertos reconhecidos pela ISO e IEC, como o HTML, PDF e ODF.
"Com 86% dos votos, o Open XML recebeu um expressivo apoio. Esse resultado significa um avanço para os consumidores, provedores de tecnologia e governos que desejam escolher o formato que melhor atende às suas necessidades e têm uma voz na evolução desse padrão amplamente adotado", diz Tom Robertson, gerente geral de interoperabilidade e padrões da Microsoft.
"As contribuições de especialistas técnicos, clientes e governos vindas de todo o mundo aprimoraram de maneira significativa a especificação Open XML e a tornará ainda mais útil para desenvolvedores e clientes. Com o padrão oficialmente aprovado, estaremos comprometidos em apoiar essa especificação em nossos produtos, da mesma forma que continuaremos a trabalhar com organismos de padronização, governos e indústria para promover uma maior interoperabilidade e inovação", indica o executivo.