Os diretores financeiros (CFOs) têm como principal foco de investimentos em suas empresas nos próximos 12 meses a área de Tecnologia de Informação. Em seguida, a prioridade é a ampliação da capacidade instalada. As constatações são do índice trimestral inédito iCFO, lançado no final de maio pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-SP) e pela Saint Paul Escola de Negócios, um escola de referência de negócios pela Financial Times.
Nesta primeira edição do índice iCFO, 23,9% dos entrevistados responderam que pretendem investir em tecnologia da informação e, em segundo lugar, com 15,9%, estão os investimentos com a ampliação da capacidade instalada.
Para a formação do índice iCFO foram entrevistados 99 CFOs, de mais de 20 segmentos diferentes de atuação. A expectativa média dos CFOs para a economia brasileira, nos próximos 12 meses, é de uma queda de 3% do Produto Interno Bruno (PIB), com uma inflação de 8,9%.
Quanto ao câmbio, o índice iCFO captou, no momento aferido, uma projeção de dólar a R$ 4,40 nos próximos 12 meses e, a Selic em 13,7%. As principais preocupações das lideranças das empresas pesquisadas são fatores relacionados ao ambiente político e à intervenções governamentais em diferentes setores da economia, seguido de perto pela demanda do mercado interno brasileiro.
A prova da preocupação dos CFOs com a economia brasileira é que 46% das empresas pesquisadas têm expectativa da redução do quadro de funcionários e, 51% tem expectativa de redução do quadro de terceiros.
O Índice Saint Paul Escola de Negócios |IBEF-SP de confiança dos CFOs aponta também para uma preocupação quanto ao custo do endividamento das empresas, sendo que 56,9% esperam um aumento do custo de endividamento para os próximos 12 meses.
O presidente do IBEF-SP, José Claudio Securato, afirma que o inédito índice iCFO é importante para medir a confiança do setor produtivo da economia brasileira. “No índice estão apontamentos responsáveis pelas tomadas de decisões de grande parte das principais empresas instaladas no Brasil. Com base nesses números é possível entender como a economia deve se comportar nos próximos meses. Esperamos que o novo governo tenha condições e ambiente político para implementar as medidas necessárias para que a economia brasileira retome a rota de crescimento”, afirma o executivo.